Luciano Moggi, ex-diretor-geral do Juventus de Turim, afirmou em entrevista recente que no mundo do futebol não há homossexuais. Segundo ele, um gay não poderia ser jogador.
“No futebol não há homossexuais. Não sei se os jogadores são contra a presença deles nas equipes. Eu, certamente, sou contra” afirmou Luciano em entrevista ao jornalista italiano Klaus Davi.
O ex-diretor do clube afirmou que o time não teve jogadores homossexuais durante sua gestão e que não contrataria um atleta com essa orientação sexual. “Eu conheço o ambiente deste esporte e um gay não pode viver nele. Um homossexual não pode ser jogador. O mundo do futebol não foi feito para eles. É um ambiente particular, os atletas ficam nus no vestiário”, declarou.
Luciano é um dos principais acusados de um esquema de manipulação de resultados que causou o rebaixamento do Juventus para a segunda divisão do futebol italiano, em 2006.
As palavras do ex-dirigente foram alvo de críticas de militantes e políticos italianos. Franco Grillini, ex-deputado socialista e presidente de honra do grupo Arcigay, afirmou que o ex-dirigente é um homófobo vulgar e acrescentou que, alguém que já teve problemas com a justiça, deveria evitar falsos moralismos.
Já Vladimir Luxuria, transexual e ex-deputada comunista, comentou que algumas pessoas querem segregar os gays e disse que a capacidade profissional não se mede com a orientação sexual.