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“Ex-lésbica” não permite que esposa veja a filha

Uma mulher que deixou a esposa para trás quando se converteu ao Cristianismo agora pode ir presa, porque ela não acredita que a corte de Vermont tem o direito de forçá-la a enviar sua filha (concebida durante o relacionamento) para visitar a ex-companheira.

Lisa Miller e Janet Jenkins assumiram o compromisso da união civil em Vermont, há sete anos. Porém, quando Miller deixou a relação, se mudou para Virgínia e se converteu a uma igreja evangélica – tornando-se uma ‘ex-lésbica’ – ela levou sua filha biológica Isabella Miller-Jenkins com ela.

O bebê foi concebido com esperma doado e um óvulo de Lisa. Por isso, ela crê que não precisa dividir a menina com Janet, apesar das duas estarem legalmente unidas no momento da concepção. Hoje, Lisa frequenta uma igreja associada ao ministério do falecido televangelista Jerry Falwell, que ficou famoso por ter afirmado que o personagem Tinkywinky, do programa infantil “Teletubbies”, seria um símbolo gay. A comunidade religiosa está dando apoio a Lisa na luta contra a decisão da corte de Vermont, que dá a Janet direitos sobre a menina. Ela já chegou a conseguir que um juiz da Virgínia lhe desse custódia exclusiva sobre a filha.

A corte de Vermont, por sua vez, garantiu a Janet o direito de visitas regulares – direito que Lisa aceitou a princípio, mas decidiu ignorar desde janeiro. Em fevereiro, o site LifeStyleNews (reconhecidamente anti-LGBT e que tem dado apoio a Lisa) publicou notícia informando que a corte de Vermont deu a Lisa um prazo máximo até 25 de agosto para permitir as visitas, sob ameaça de prisão.

Segundo o site, Lisa afirma que Isabella, hoje com seis anos, não queria fazer as visitas, porque sofria assédio, era forçada a tomar banho nua com a ‘mulher que não é sua mãe’ e voltava para casa perturbada, até com pensamentos suicidas. O serviço social do Estado da Virgínia não encontrou qualquer evidência que comprovasse essas alegações.

Janet admitiu que não tinha pensado em adotar oficialmente Isabella, por acreditar que a união civil era suficiente. Segundo a lei estadual, não é: ela ainda precisa adotar a menina para ter direitos legais completos. Se Lisa mantiver a decisão e for presa, Isabella corre o risco de ficar sem contato com a mãe – com ambas as mães.

Fonte: site Babble
* Versão para o português: Eduardo Peret.

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