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Ex-policial volta a integrar corporação após decisão judicial

Uma decisão judicial inédita na Auditoria Militar, por determinação da juíza Gildete Balieiro, poderá levar o ex-cabo M.A.O.A, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a voltar aos quadros da corporação. A juíza determinou que M. seja reintegrado ao cargo e função que exercia anteriormente. Durante os 12 anos que M. serviu a corporação sempre foi tido como um bom policial, mas após ter assumido sua homossexualidade e religião -espírita-, passou a ser perseguido por oficiais de posições superiores na hierarquia, tendo que cumprir diversas punições em pouquíssimos espaços de tempo. Isso sem mencionar as intimidações, discussões e assédios morais que sofreu. O inédito nesta decisão é a sustentação da juíza para manter os argumentos da defesa de M. A juíza Gildete Balieiro entendeu que a perseguição ao sargento era direcionada. Segundo os autos, “não há como afirmar se o autor foi vitimado pelo preconceito no meio militar em virtude de se dizer homossexual ou adepto de determinada religião. Mas a motivação utilizada para fundamentar as referidas punições leva a crer que, seguramente, o requerente não gozava da simpatia de seus superiores, o que sem sombra de dúvidas influenciou não só na aplicação das penalidades, como também na posterior exclusão”. O ex-cabo não só deverá voltar à PMDF como também receber todos os seus soldos desde o ato da exclusão, em 28 de abril de 2003.

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