O Ministério Público Estadual deve encaminhar na próxima semana à Procuradoria da República denúncia contra o ex-presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL) Marcelo Nascimento, acusado de desvio de recursos estaduais e federais durante a gestão dele na entidade. As informações são do Gazetaweb.
As acusações foram feitas ao MP pelo atual presidente do GGAL Otávio Oliveira. De acordo com a denúncia, dirigentes do grupo teriam usado irregularmente verbas do Ministério da Cultura e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, usando parte do dinheiro para a compra da casa onde funciona a sede do grupo, que está em nome de Marcelo, então presidente da entidade.
Em nota oficial, o GGAL negou as acusações e afirmou tratar-se de brigas políticas: "(…) Pessoas que recentemente estiveram exercendo cargos na diretoria da instituição e foram desligadas por terem interesses políticos e pessoais contrariados, estando estes se utilizando de ações ilícitas (gravação ambiental clandestina) para provocar uma cisão interna na luta contra a homofobia bem como desestabilizar a mais antiga organização de defesa dos homossexuais no Estado".
As gravações a que se refere o GGAL estão sendo usadas como prova por membros de outras associações que compõem o movimento gay alagoano. As conversas foram gravadas em um encontro com o acusado, no qual eles teriam forjado a versão que seria apresentada ao MP.
Em um trecho da fala, Marcelo confirma a utilização de recursos do Minc e sugere o que deveria ser dito para justificar a compra do imóvel.
"O GGAL se surpreende com notícias envolvendo o seu nome e de suas lideranças em supostas irregularidades administrativas, ressuscitando processos que já foram objeto de prestação de contas junto aos órgãos financiadores que possuem competência para analisar contas dos convênios", explicou a Ong no comunicado.