Marc Crawford, ex-treinador do Vancouver Canucks e atualmente à frente do ZSC Lions, na Suíça, decidiu se afastar do hóquei devido a dificuldades com sua saúde mental. Crawford, que enfrentou controvérsias ao longo de sua carreira, incluindo alegações de abuso físico e verbal por ex-jogadores, também esteve no centro de críticas recentes por comentários homofóbicos feitos durante uma partida. Durante uma partida em que sua equipe estava atrás no placar, ele se dirigiu ao árbitro finlandês Mikko Kaukokari com um insulto homofóbico, ato que foi amplamente repercutido na mídia.
Recentemente, Crawford compartilhou que tem investido em terapia intensiva para entender melhor sua saúde mental. “Nos últimos meses, tenho me dedicado a uma terapia intensiva na esperança de compreender a profundidade da minha saúde mental. Esse processo tem sido desafiador e revelador para mim como treinador, marido, pai e agora avô”, declarou. Ele expressou sua gratidão à organização por sua humanidade e compreensão.
Crawford destacou a importância de estar totalmente comprometido com sua equipe e, percebendo que não poderia oferecer o empenho necessário, optou por deixar o cargo. “Sempre esperei que os jogadores do ZSC dessem 100% de esforço, e agora percebo que, por não conseguir dar o mesmo comprometimento, devo me afastar e permitir que esse grupo talentoso avance com alguém que possa dar o esforço que a equipe merece”, afirmou.
Como um vencedor da Stanley Cup com o Colorado Avalanche, Crawford foi o treinador dos Canucks por sete temporadas, posicionando-se como o segundo treinador com mais vitórias na história da equipe, totalizando 246, atrás apenas de Alain Vigneault, que possui 313 vitórias. O afastamento de Crawford ressalta a importância da saúde mental, especialmente em um ambiente tão exigente como o do esporte profissional.
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