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Experiências Negativas de LGBTs com o Sistema de Saúde são Dobro das Reportadas por Não-LGBTs, Aponta Pesquisa da KFF

Uma nova pesquisa realizada pela Kaiser Family Foundation (KFF) revelou dados alarmantes sobre o tratamento de adultos LGBT nos serviços de saúde dos Estados Unidos. Segundo o estudo, um terço (33%) dos adultos LGBT relatou ter sido tratado de maneira injusta ou desrespeitosa por médicos ou outros profissionais da saúde nos últimos três anos, uma taxa que é o dobro da reportada por indivíduos que não se identificam como LGBT, que foi de 15%.

O relatório também aponta que não há diferenças significativas nas experiências de tratamento injusto entre os grupos raciais e étnicos LGBT, embora adultos LGBT negros e hispânicos reportem mais frequentemente tratamento inadequado especificamente relacionado à sua raça ou etnia do que adultos LGBT brancos. Além disso, adultos LGBT são mais propensos a relatar outras experiências negativas, como profissionais de saúde fazendo suposições sem consultá-los (40% contra 17%), sugerindo que são culpados por problemas de saúde (32% contra 15%), ou ignorando perguntas ou solicitações diretas (32% contra 14%).

Drew Altman, presidente e CEO da KFF, destacou a necessidade de uma reflexão profunda sobre esses dados por parte dos profissionais e instituições de saúde. Ele ressaltou que não há justificativa para que adultos LGBT relatem tratamento inadequado com tanta frequência.

O estudo também revelou que muitos adultos LGBT sentem que precisam tomar cuidados extras com a própria aparência e se preparar para possíveis insultos ao visitar um médico, com 60% dos entrevistados expressando essa preocupação. As consequências dessas experiências negativas incluem hesitação em buscar cuidados médicos, mudança de prestadores de serviços de saúde e até piora da saúde.

A pesquisa da KFF também abordou a questão da moradia e saúde mental dentro da comunidade LGBT. Aproximadamente 22% dos adultos LGBT relataram ter vivenciado situações de sem-teto em algum momento da vida, proporção duas vezes maior que entre os não-LGBT. Além disso, quase metade (46%) mencionou haver períodos nos últimos três anos em que necessitaram de serviços de saúde mental, mas não os receberam.

Os resultados são parte do Survey on Racism, Discrimination, and Health da KFF, que examina a interação entre racismo, discriminação e saúde em várias áreas da vida. A pesquisa foi realizada de 6 de junho a 7 de agosto de 2023, com uma amostra probabilística de 6.292 adultos, incluindo superamostras de adultos hispânicos, negros e asiáticos, com uma margem de erro de mais ou menos sete pontos percentuais para adultos LGBT.

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