A nova obra de Luca Guadagnino, intitulada “Queer”, marca seu retorno ao tema LGBTQ+ após o aclamado “Call Me by Your Name”. Esta adaptação do livro semi-autobiográfico de William S. Burroughs explora a complexidade do desejo gay, apresentando uma narrativa que é tanto imaginativa quanto erótica. O filme se destaca por sua representação de um mundo onde cada detalhe, desde os cenários até os trajes, está impregnado de sexualidade e potencialidades.
Daniel Craig, em uma performance que se distancia de seus papéis mais conhecidos, encarna Lee, um expatriado americano em uma realidade suspensa na Cidade do México após a Segunda Guerra Mundial. Sua vida, repleta de bares, drogas e encontros efêmeros, sofre uma reviravolta ao conhecer Allerton, interpretado por Drew Starkey, um ex-militar que é ao mesmo tempo atraente e ambíguo. A relação entre Lee e Allerton é marcada por uma dinâmica de desejo desigual, onde Lee se torna obcecado por Allerton, que, por sua vez, oscila entre a reciprocidade e a rejeição.
O filme não apenas captura a essência do desejo não correspondido, mas também insere elementos de comédia absurda que aliviam a melancolia subjacente da história. A busca por um sentido de conexão culmina em uma jornada surreal de autodescoberta, simbolizada por uma busca por ayahuasca na selva amazônica.
“Queer” é uma reflexão poderosa sobre a solidão que pode acompanhar a busca por intimidade, tornando-se um retrato sensível da experiência gay. Com sua estreia nos cinemas do Reino Unido marcada para 13 de dezembro de 2025, o filme promete provocar reflexões profundas sobre o amor e a solidão na vida de um homem gay. Esta obra é uma adição significativa ao repertório de narrativas LGBTQ+, explorando temas de desejo, solidão e a busca por conexão em um contexto vibrante e visualmente deslumbrante.