A nova exposição intitulada “Think of Me When It Thunders”, que ocorre na Clearing Gallery em Los Angeles, homenageia a vida e a obra do artista Larry Stanton, um nome significativo na cena artística gay de Nova York durante os anos 80. Stanton, que faleceu tragicamente aos 37 anos em decorrência da AIDS, deixou um legado notável através de suas pinturas vibrantes e penetrantes que capturaram a essência de uma geração. Sua obra é uma lembrança poderosa de um período de crise e transformação, refletindo a luta e a beleza da vida de muitos homens gays que enfrentaram a epidemia.
Stanton, que foi influenciado por figuras como David Hockney, começou sua jornada artística de forma inesperada. Após se mudar para Nova York em 1965, ele rapidamente se envolveu com a cena cultural e de libertação sexual do Greenwich Village. Seu talento para retratar a vida de outros homens gays, em momentos de alegria e dor, é uma característica marcante de seu trabalho. A exposição apresenta cerca de 30 peças, incluindo desenhos e pinturas, além de vídeos em Super 8 que documentam momentos históricos, como o desfile do orgulho gay na cidade.
Um dos trabalhos mais emocionantes expostos é o “Hospital Drawing”, realizado durante suas internações. Este desenho expressa a esperança e a luta de Stanton, com a frase “I’M GOING TO MAKE IT” escrita em cores vibrantes, simbolizando sua resiliência e a busca por significado em meio à dor. Fabio Cherstich, diretor do espólio de Stanton, ressalta a importância de como o artista usou a arte para processar sua própria mortalidade, criando um espaço para a reflexão sobre a vida e a perda.
Stanton não apenas retratou a beleza dos homens ao seu redor, mas também capturou a dinâmica social e as complexidades das relações dentro da comunidade LGBTQ+ de sua época. Seus retratos são descritos como antropológicos, oferecendo uma visão única da sociedade entre os anos 70 e 80, um período marcado por profundas mudanças sociais e pessoais.
A exposição “Think of Me When It Thunders” não é apenas uma celebração da arte de Larry Stanton, mas também um memorial que honra as vidas perdidas para a AIDS e a luta contínua pela igualdade e reconhecimento da comunidade LGBTQ+. A mostra ficará aberta até 5 de abril e promete ser uma experiência marcante e reflexiva para todos que a visitarem, evocando tanto a beleza quanto a tristeza de uma era que ainda ressoa fortemente na cultura contemporânea.
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