A nova performance intitulada ‘Homopticum’, criada pelo coreógrafo Juan Pablo Cámara e pelo artista visual Andrey Bogush, será apresentada no Teatro Kiasma, em Helsinque, de 25 a 29 de abril de 2025. Esta obra audaciosa busca reinterpretar o legado do império Playboy, utilizando referências de aplicativos de namoro, cabines de peep show e ambientes obscuros para explorar as intersecções entre espetáculo, controle e a experiência física do desejo sob uma perspectiva distópica.
A performance, descrita como uma “coreografia especulativa”, combina disciplina e repetição com uma corporeidade distorcida. Juan Pablo Cámara, que realiza a peça, conta com a iluminação de Joseph Wegmann para criar uma atmosfera envolvente. Os artistas se debruçam sobre como as emoções e percepções se tornam físicas, utilizando a narrativa para investigar as dinâmicas entre as pessoas e os objetos de seu desejo. A apresentação joga com a estética do controle e da libertação, revelando um mundo que oscila entre o familiar e o grotesco.
Andrey Bogush, formado na Academia de Artes da Uniarts Helsinque, é conhecido por seu trabalho com fotografia e instalação. Sua obra de 2017, ‘Proposal for the Placement of an Image’, já foi exibida no Kiasma e serve parcialmente como cenário para ‘Homopticum’. Por outro lado, Juan Pablo Cámara, natural da Argentina e atualmente baseado em Berlim, é reconhecido por sua abordagem teatral e psicanalítica na coreografia. Graduado da Escola de Desenvolvimento de Nova Dança em Amsterdã, sua prática investiga a identidade através da artificialidade e da teatralidade extrema. Cámara já se apresentou amplamente pela Europa e pelas Américas, tendo participado recentemente do programa de abertura do ARS 22 no Kiasma.
‘Homopticum’ representa a primeira colaboração entre Câmara e Bogush, prometendo uma experiência única e provocativa que dialoga com temas relevantes para a comunidade LGBT, em um espaço onde o corpo e o desejo se entrelaçam de forma inovadora.
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