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“Explorando ‘Queer’: Como a Adaptação de Justin Kuritzkes Revela as Complexidades da Identidade e Conexão na Obra de William S. Burroughs”

O roteirista Justin Kuritzkes, nascido em Los Angeles, compartilha sua visão sobre o filme ‘Queer’, uma adaptação da novela semi-autobiográfica de William S. Burroughs, ambientada na Cidade do México nos anos 50. Em sua primeira cena, Kuritzkes descreve a importância da vestimenta dos personagens, como o uniforme de tênis branco de Art Donaldson e a combinação peculiar de roupas de Patrick Zweig, para refletir suas personalidades e estados emocionais. A narrativa se concentra em William Lee, interpretado por Daniel Craig, um viciado em heroína que busca conexão em meio à sua rotina diária de solidão e desespero.

A relação entre Lee e Eugene Allerton, interpretado por Drew Starkey, é central para a história, explorando temas de amor e desejo em um contexto de dependência e busca por significado. Kuritzkes enfatiza que, ao escrever, ele busca externalizar as complexidades emocionais dos personagens sem depender excessivamente da linguagem, um desafio que se torna ainda mais relevante ao explorar os significados associados ao termo ‘queer’. Esse termo, que carrega um peso histórico e uma ressonância contemporânea, é utilizado de forma a provocar reflexões sobre identidade e conexão.

Kuritzkes revela que a adaptação de ‘Queer’ envolveu uma cuidadosa negociação entre a vida de Burroughs e a construção de um personagem fictício. Ele e o diretor Luca Guadagnino decidiram que os personagens deveriam experimentar a ayahuasca, uma substância alucinógena, para explorar como isso afetaria seu relacionamento e a busca por uma conexão mais profunda. O filme, portanto, não é apenas uma representação da vida de Burroughs, mas uma exploração das dinâmicas humanas que transcendem o tempo e o espaço.

Além disso, Kuritzkes menciona uma cena impactante que ecoa um evento trágico da vida de Burroughs, onde Lee tenta disparar em um copo sobre a cabeça de Allerton, um eco do assassinato de sua esposa. Essa cena, além de dramática, simboliza a luta interna de Lee e a aceitação de sua identidade como escritor.

Por fim, Kuritzkes expressa seu desejo de que o filme ressoe com o público, especialmente com a comunidade LGBT, abordando a busca por comunicação e compreensão em um mundo onde o silêncio muitas vezes predomina. Ele acredita que ‘Queer’ pode provocar conversas importantes sobre amor, perda e as complexidades da identidade, fazendo ecoar a relevância e a ousadia da obra de Burroughs em um contexto moderno.

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