A exposição “Love and Light: A Site of Infinite Possibilities”, do fotógrafo Sunil Gupta, está em destaque na Chennai Photo Biennale, oferecendo uma poderosa retrospectiva de cinco décadas do movimento pelos direitos LGBTQIA+ e da comunidade queer. Nascido em Nova Délhi em 1953 e criado em Montreal, Sunil se inseriu no movimento de libertação gay desde os anos 70, explorando sua identidade através de sua arte. Sua jornada o levou a Nova York e Londres, onde documentou a vida e as lutas de casais gays, além de retratar a experiência de indianos vivendo em uma sociedade conservadora.
A curadoria da exposição, feita por Charan Singh, é descrita como uma carta de amor, entrelaçando o pessoal com o público. Sunil sempre buscou garantir a representação de homens gays na arte, especialmente aqueles de origem indiana, desafiando a invisibilidade que muitas vezes os cercava. Ele critica a falta de representação do corpo masculino indiano na fotografia ocidental, enfatizando que a verdadeira questão não é a biologia, mas a maneira como a sociedade lida com os relacionamentos e a aceitação.
Além de seu impacto na arte, o trabalho de Sunil também tem contribuído para a conscientização sobre o HIV/AIDS, um tema que ainda ressoa profundamente na cultura contemporânea. Sua obra “Ecstatic Antibodies”, de 1990, está sendo revisitada, destacando a necessidade urgente de discutir questões relacionadas ao HIV na sociedade atual.
A Chennai Photo Biennale não apenas celebra a trajetória de Sunil Gupta, mas também se posiciona como um espaço vital para a discussão e a promoção da arte queer, refletindo as lutas e as vitórias da comunidade LGBTQIA+ ao longo das décadas. Com uma narrativa que une amor, luta e resistência, a exposição promete engajar e inspirar novas gerações a continuarem a luta por igualdade e representação.
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