A fotógrafa Betina Polaroid, conhecida por seu alter ego drag, está em destaque em Belém, Brasil, com sua exposição “Espelhos”, que celebra a arte drag e a fotografia queer. Este evento ocorre na Kamara Kó Galeria até o dia 20 de dezembro, e foi inaugurado durante o Café Fotográfico promovido pela Associação FotoAtiva. Betina, que ganhou notoriedade após sua participação no reality show “Drag Race Brasil”, expressa sua alegria com a recepção calorosa do público e a oportunidade de apresentar seu trabalho fora dos grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo.
Ela destaca a importância das trocas artísticas que surgem a partir de sua exposição, especialmente com o coletivo Noite Suja, que está promovendo apresentações de artistas queer e LGBTQIA+. Betina enfatiza que sua arte não é apenas uma forma de expressão pessoal, mas também um meio de comunicar questões relevantes e construir diálogos dentro da comunidade.
Com quase 30 anos de experiência em fotografia, Betina começou sua carreira focando em trabalhos comerciais, mas se reinventou ao se envolver com a cena drag. Ela compartilha que, ao longo de sete anos, reuniu um vasto acervo documental da cena drag brasileira, combinando registros com experimentações artísticas, principalmente utilizando a câmera Polaroid. A primeira vez que montou sua exposição foi no Rio de Janeiro, em 2019, e desde então sua obra vem sendo reconhecida e celebrada em vários espaços de arte.
“Foi uma surpresa e uma grande realização ver meu trabalho sendo aceito e reconhecido em um espaço tão importante quanto a Fotoativa”, comenta Betina. A presidenta da Fotoativa, Irene Almeida, ressalta a singularidade do trabalho de Betina, que traz à tona a transformação e a magia da arte drag de uma maneira lúdica e impactante.
O Café Fotográfico é uma oportunidade de interação e aprendizado, onde Betina compartilhará suas experiências e reflexões sobre sua trajetória. A participação é gratuita e aberta ao público, reforçando a importância da acessibilidade à arte e à cultura.
Essa exposição não apenas enriquece a cena cultural de Belém, mas também destaca a relevância da fotografia queer e da arte drag como formas de resistência e afirmação de identidade dentro da comunidade LGBTQIA+.