O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, se prepara para receber a inovadora exposição “Serigrafistas Queer: liberdade para as sensibilidades”, que terá início no dia 13 de dezembro de 2024 e permanecerá em exibição até 16 de março de 2025. Esta é a primeira exposição monográfica do renomado coletivo argentino Serigrafistas Queer, fundado em 2007, que teve suas origens em uma oficina dedicada a ensinar ativistas a estampar camisetas para a Parada do Orgulho LGBTQIA+ em Buenos Aires.
Com uma coleção de 56 serigrafias retiradas do acervo do MASP, a mostra também contará com obras inéditas criadas especialmente para este evento. O número de peças que estarão em exibição deve aumentar por meio de oficinas gratuitas que serão realizadas no local a partir de janeiro, proporcionando uma experiência interativa e enriquecedora ao público.
A curadoria da exposição fica a cargo de Amanda Carneiro, que destaca a importância dos temas abordados na trajetória do coletivo, incluindo a luta pelos direitos reprodutivos, a autonomia sobre o corpo e o enfrentamento da crise do HIV sob uma perspectiva política. A curadora enfatiza que as serigrafias representadas neste coletivo são fruto de contextos de ativismo de rua e protestos, trazendo uma nova dimensão à arte como forma de resistência.
A exposição será organizada em sete núcleos temáticos que apresentarão obras emblemáticas do grupo. A peça “Liberdade para as sensibilidades”, criada pela artista argentina Mariela Cantú durante uma oficina promovida pelo MASP, dará nome à mostra. Um dos núcleos, dedicado à resistência e autoafirmação, apresentará obras que transmitem mensagens de protesto e resistência, como “O machismo mata!”, uma clara manifestação contra a violência de gênero.
Outra importante obra em exposição, “Aborto legal é vida”, foi confeccionada no contexto da luta pela aprovação da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez na Argentina, refletindo a urgência dos direitos reprodutivos. O núcleo “Identidade em construção” explorará a ideia de que as identidades são espectros flexíveis, um conceito essencial para a compreensão das questões de gênero e sexualidade.
O MASP também vai lançar um catálogo bilíngue da exposição, que incluirá imagens e ensaios de importantes autores no estudo das Serigrafistas Queer, celebrando ainda a memória de figuras-chave como Marielle Franco, que combateu a violência e a discriminação havia muitos anos.
Esta exposição integra a programação anual do MASP, que visa destacar as Histórias da diversidade LGBTQIA+ em suas múltiplas facetas. Com acesso gratuito a pessoas com deficiência e diversos recursos de acessibilidade, o MASP reafirma seu compromisso com a inclusão e o acolhimento, proporcionando uma experiência acessível a todos os visitantes.
Além de assistir à exposição, o público poderá participar de oficinas que estimulam a criatividade e o engajamento com as causas defendidas pelo coletivo Serigrafistas Queer, um espaço de troca de experiências que certamente será enriquecedor para todos os participantes. Portanto, não perca a oportunidade de vivenciar esta rica troca cultural e social no MASP.