A Fundação Sunpride está prestes a realizar um marco significativo na cena artística LGBTQ+ na Coreia do Sul, com a quarta edição de sua série de exposições dedicadas à comunidade queer asiática. O evento acontecerá no Art Sonje Center, uma instituição renomada em Seul, no primeiro trimestre de 2026, em um momento crucial para a visibilidade LGBTQ+ no país.
Enquanto a Coreia do Sul enfrenta desafios políticos, incluindo tensões sociais em torno dos direitos LGBTQ+, a nova geração parece mais aberta à aceitação, embora o Partido do Poder Popular, atualmente no governo, tenha utilizado retórica homofóbica para ganhar o apoio da direita cristã. O atual presidente, Yoon Suk-Yeol, foi destituído e enfrenta acusações de insurreição, e seus possíveis sucessores também têm se mostrado hostis em relação à comunidade LGBTQ+. O prefeito de Seul, Oh Se-hoon, que já expressou sua desaprovação à homossexualidade, tem dificultado a realização do festival do Orgulho em Seul, enquanto o prefeito de Daegu, Hong Joon-pyo, mobilizou funcionários para protestar contra o festival de cultura queer na cidade.
Patrick Sun, fundador da Fundação Sunpride, expressou sua satisfação em trazer a exposição para Seul, ressaltando que a cidade possui uma vibrante comunidade artística e que o Art Sonje Center é um local ideal para promover práticas artísticas inovadoras e diálogo cultural. A diretora artística do centro, Sunjung Kim, também elogiou a missão da Fundação Sunpride de dar voz a artistas LGBTQ+ marginalizados na região da Ásia-Pacífico.
Desde a sua primeira exposição em 2017, que aconteceu em Taiwan e marcou um momento histórico para o reconhecimento da igualdade no casamento na Ásia, a Fundação Sunpride tem se dedicado a dar espaço e visibilidade a artistas queer. Com exposições anteriores em Bangkok e Hong Kong, a série promete trazer uma abordagem contemporânea ao cenário artístico queer da Coreia do Sul, integrando artistas locais e da região. Detalhes adicionais sobre a exposição em Seul serão revelados durante a Art Basel em Hong Kong no próximo mês. Este evento representa uma oportunidade inédita para fortalecer a presença e a aceitação da arte e da cultura LGBTQ+ na Coreia do Sul, um passo importante em direção à igualdade e à inclusão.
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