O site “Jornal do País” publicou uma fake news sobre artistas que deixaram de se apresentar na última Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, por falta de recursos da Lei Rouanet para o evento.
Cláudio Nascimento, coordenador-executivo do Grupo Arco-Íris, que é responsável pela Parada, afirmou em entrevista ao Estadão Verifica, que o artigo é “fake do início ao fim”.
Ele contou que há dez anos, a organização da Parada criou uma regra de não pagar cachê para nenhum artista que se apresenta nos trios oficiais, e que antes disso, alguns nomes já abriam mão do pagamento.
Em 2019, mais de 100 apresentações aconteceram, e nomes importantes como Pabllo Vittar e Lexa, participaram sem remuneração e como voluntárias. Já os custos operacionais, Claudio explicou que são financiados por empresas privadas.
O texto citava Daniela Mercury e Preta Gil, que não cobraram cachê em outras edições. Anitta e Cláudia Leitte também apareceram no artigo, e elas nem sequer foram convidadas para o evento este ano.
“Esse ano, a Daniela não pôde participar porque estaria em turnê internacional”, explicou Nascimento. “A Preta participou por dois anos seguidos.” A escolha dos artistas convidados levou em conta a diversidade musical e o compromisso de valorizar artistas locais e em início de carreira.
Segundo o coordenador da Parada, o evento está autorizado a captar recursos por meio da Lei Rouanet, mas este ano não houve empresas interessadas em patrocinar o evento.