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Falta de público e poucos participantes marcam I Jogos da Diversidade

O parkour, esporte tipicamente urbano baseado em pulos e transposição de obstáculos, roubou a cena no I Jogos da Diversidade, realizado no Clube Escola Ibirapuera na tarde de sábado (24/05), véspera da Parada Gay de São Paulo.

Rapazes lindos, muitos com corpos bastante definidos, corriam, saltavam e davam piruetas. O paulista Sydney Forster, era um deles. Morador do Rio de Janeiro há dois anos, foi convidado com sua equipe – Voltz – para coordenar os jogos. Praticante de Parkour há 9 meses, disse não ter nenhum tipo de preconceito e elogiou a organização do evento. "Estão de parabéns pela estrutura montada", falava apontando para o espaço onde estavam montados o rapel, a cama elástica e o pebolim humano.

Um palco montado no evento contou com  atrações como a dupla de DJs Stereoanalogix, formada pelos DJs Juba e Kaká. Os dois fizeram um set de house que agradou os presentes. "Geralmente tocamos uma linha mais underground e pesada. Como hoje era um evento gay resolvemos apostar num set um pouco comercial", afirmaram enquanto trocavam os vinis.

A iniciativa de promover os Jogos foi uma ação conjunta da Secretaria Especial de Participação e Parceira por meio da CADS – Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual – e da Secretaria Municipal de Esportes. Cássio Rodrigo, coordenador da CADS, explicou ao site A Capa que a idéia do evento é "fazer dele um primeiro passo rumo ao Out Games". Há pelos menos dois anos, empresários do meio gay sonham com o dia em que o Brasil possa sediar a competição de esportes internacional.

As disputas contaram até com link ao vivo e matéria no SPTV – jornal da Rede Globo. Houve disputas de vôlei e futebol no sabão. Só faltou uma coisa. Uma não, duas: público e participantes. O evento foi divulgado muito tardiamente. O estudante Lucas Vieira, de 16 anos, por exemplo, que foi aos Jogos para jogar vôlei, explica que ficou sabendo da realização no dia anterior, por meio de sua treinadora. O rapaz, morador do Brooklin, gay assumido e com uma boneca da Dona Florinda – personagem do seriado Chaves em desenho – pendurada na mochila, diz que achou o evento "legal".

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