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Fãs ávidos por Madonna narram correria para ver a diva

Maratona Madonna no Rio

Nessa matéria você vai descobrir passo-a-passo como foi a jornada de dois fãs loucos, que saíram de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro, para conferir a estréia da turnê Sticky and Sweet Tour no Brasil, que teve inicio no último dia 14 dezembro no Estádio do Maracanã.

A idéia era participar de toda a bagunça, porta de hotel, persegui-la pelo Rio (caso ela saísse) e ir para o estádio cedo, para além de garantir um bom lugar, presenciar as performáticas que se montam de Madonna e fazem seus shows para alcançar 15 minutos de fama. Acreditem, tinham várias.

Chegamos ao Rio no sábado à tarde e fomos direto para a porta do Copacabana Palace, pois no dia anterior Madonna e os filhos apareceram na janela (coisa que ela normalmente não faz em pais algum), chegando lá uma muvuca de fotógrafos do mundo inteiro, jornalistas de todas as emissoras e, é claro, os fãs que aos poucos foram se multiplicando. Muitos gritavam o nome dela, cantavam e, qualquer movimento dos carros da equipe ou dos seguranças, saia todo mundo correndo de um lado para o outro. Os jornalistas sem ter assunto acabavam dando ibope para os fãs e aos poucos todos se cansaram de ficar ali por nada e acabavam indo embora, inclusive nós.

No dia seguinte, dia do show, fomos para o estádio às 12h. Tudo estava bem tranqüilo, até sentimos a falta de policiais na região. Tinham poucos cambistas, as filas estavam organizadas e logo localizamos a fila do nosso setor, (VIP). Tinham umas 500 pessoas na nossa frente, mas tudo bem, estavam bem tranqüilas, educadas e bem vestidas… Fizemos amizades com um grupo de São Paulo e de Belo Horizonte e não demorou muito para o grupo aumentar. Logo estávamos em mais de 10 pessoas entre casais hétero, gays,meninas… todos muitos animados para ver Madonna.

Aos poucos foram chegando gente e mais gente. As filas eram quilométricas e a ferveção não parava, apareceram várias pessoas montadas de Madonna, garotas a travestis-mirins, que circulavam ao redor do estádio e eram aclamadas pelo o publico, que não tinha nada para passar o tempo e acabava fervendo junto tirando fotos, cantando para elas dançarem etc. O ponto mais alto foi quando um dono de uma barraca de lanche, com a caixa de som super alta, colocou um cd com as músicas de show. Uma "travesti mirim" dançou pelo menos três músicas fazendo a coreografia e dublando perfeitamente. É claro, foi uma festa só.

Por volta das 18hs, os portões se abriram e após um pouco de tumulto entramos tranqüilamente. Escolhemos qual lugar gostaríamos de ficar. Fomos para a ponta da passarela, mas estava mais cheio. No meio, era ruim porque seria um lugar só de passagem.  Por fim, acabamos escolhendo o melhor lugar que fica na curva entre a passarela e o palco do lado direito. Ficamos exatamente na grade, muito perto mesmo! Com o dia ainda claro, dava pra perceber a grandiosidade do conjunto de canhões de iluminação, caixas de som e telões de led, nada ainda visto no Brasil. Tudo impressionante e grandioso.

Às 19hs, começou o show de abertura com o DJ Paul Oakenfold, um set meio ultrapassado com musicas do último verão, mas a euforia por estar naquele local era tanta que a animação foi geral. O público pulou e dançou todas as músicas. O fotografo oficial da turnê e o empresárioda Madonna, Guy Osseary, – que tiravam fotos da galera – estavam bem próximos a nós. As fotos que Guy tira nas turnês entram para o livro oficial que a Madonna lança após a maratona de shows, quem sabe não apareceremos no próximo!

Estava tudo muito bom, tudo muito bem, mas já se passava das 20hs e nada de começar o show, o estádio inteiro lotado gritava por Madonna.

A chuva que estava fraca começou a apertar, o pessoal da equipe secava com rodos e toalhas o palco até que, às 20:30, em baixo de uma baita chuva, apagam-se as luzes do estádio. Aquela imensa caixa que os telões formavam bem na frente do palco iniciava a abertura do show, entre imagens fantásticas e super coloridas, o telão central se parte em diversos cubos: e as letras C- A – N – D – Y aparecem. O público cantava junto num coro de mais de 70 mil pessoas, dava-se, então, o inicio da maravilhosa "Candy Shop". Madonna aparece girando de trás de um dos telões, em seu trono cravejado de brilhantes, digna de uma rainha.

O estádio inteiro cantava junto. Foi o melhor momento, todo o conjunto de telões, imagens e, em seguida, Madonna de perto, muito perto! Apesar da chuva, Madonna estava nitidamente feliz, com um sorriso que não dava para esconder. Em  "Beat goes on", foi lindo! Já em "Human Nature", ela cantou com um segurança segurando um guarda-chuva. "Vogue" foi o maximo, mas com uma coreografia mais lenta para evitar escorregões. Os dançarinos, eram um show a parte, lindos!

Na performance de "She´s not me", Madonna escorrega e… toma um tombo (quem quiser ver, já tem o YouTube). Na hora até assustou, mas ela tirou de letra, se arrumou, levantou e continuou o show. 

Com um hit atrás do outro, com novas versões e arranjos, o bloco cigano tem início com destaque para "Spanish Lesson" e "La Isla Bonita", como refrão de "Lela Pala Tute". Tudo se transformou numa linda festa cigana. Antes de cantar " You Must Love Me", Madonna conversa com a platéia e se desculpa por ter demorado 15 anos para voltar e promete que isso nunca mais irá acontecer.

Em seguida, tudo se transforma para o bloco rave com "4 Minuts", absurdo! Com "Like a Prayer" o povo foi ao delírio! Antes que cantasse "Hung Up", Madonna avisou que nessa parte do show gostaria de cantar uma antiga canção. "Você, qual é o seu nome?", perguntou apontando para um fã. "Paulo", disse o rapaz. "Ok, Paolo. Qual musica você quer escolher?". " "Everybody" e, Madonna diz: "essa música é muito antiga, não quero cantar, falem outra…" Alguém gritou: "Express Yourself!".  E Madonna diz: "OK, ExpressYourself". O estádio veio abaixo com o clássico, foi um dos momentos mais legais. Por final, "Give It 2 Me" em uma versão ainda mais dançante.

Madonna termina o show com vontade de quero mais. A platéia parecia extasiada, ninguém saía do lugar. Foi realmente um momento único! Nada tirava a beleza, tanto das músicas quanto do público que, mesmo em baixo de uma baita chuva, pulava e cantava tudo. Nós, não iremos nunca mais esquecer esse grande momento que foi ver Madonna!

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