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Festival Mix Brasil chega à sua 18ª edição e abre com festa no Hot Hot

Lá se vão 17 anos. Em 1993, começava timidamente em São Paulo, no MIS – Museu da Imagem e do Som – o Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual. Produzido por André Fischer e Suzy Capó, que se inspiraram no Mix New York, o festival de estreia teve apenas três dias de exibição e uma programação inteiramente gringa – não existia produção audiovisual brasileira de temática LGBT naquela época.

De lá para cá, foi uma revolução. Realizadores nacionais passaram a produzir filmes temáticos, além das novas gerações – que eram bebês quando o festival começou, e hoje realizam as grandes surpresas no gênero. O Festival ajudou a fomentar o cinema gay brasileiro, que hoje já chega a realizar longas-metragens focados no tema – como "Elvis e Madona" e "Como Esquecer".

E assim, em 2010, o Mix Brasil faz sua 18ª edição, abrindo nesta quinta-feira (11), com exibição do longa "Contracorriente" (foto, produção dos países Peru, Colômbia, França e Alemanha) no Cinesesc, em SP, às 21h, seguida de festa no clube Hot Hot.

A programação deste ano traz uma série de longas de diversos países, como de hábito, com destaque para algumas pérolas. Uma delas, "L.A. Zombie", de Bruce LaBruce – realizador assíduo no Mix -, com o astro pornô gay François Sagat, será exibido no Cine Dom José – reduto pornô do Centro de SP -, com a presença do próprio Sagat.

Sagat também é o astro de "Homem no Banho", do talentoso diretor francês Christopher Honoré, que passa em dois horários e é imperdível.

Outro destaque é "Prima Donna – A História de Rufus Wainwright", documentário sobre o cantor canadense assumido, contendo cenas da adolescência do astro.

Vale conferir também a sempre sortida sessão de curtas Sexy Boyz, este ano com filmes interessantes como "Depois de Klara", "Síndrome de GoGo", "Stephen Faz a Festa" e o brasileiro "Duelo".

No setor nacional, a tradicional Mostra Competitiva tem alguns destaques: o já mega-premiado "Eu Não Quero Voltar Sozinho", do paulistano Daniel Ribeiro; o gaúcho "Eu e o Cara da Piscina", de William Mayer; e "Mais ou Menos", de Alexander Antunes Siqueira.

E ainda há a sessão Mix do Brasil, com mais trabalhos audiovisuais nacionais da produção recente. Destaque para "Fumaça em Formatos Bizarros", de Lufe Steffen, e "Essa Pintura Dispensa Flores", do veterano cineasta Luiz Carlos Lacerda.

Confira a programação completa no site do Festival.

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