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Fetiche: Olho, pé, mão, roupa… o que não falta é imaginação na hora do sexo!

Você é adepto da oculofilia? E da gimnofilia? Talvez então da podolatria… Deste, pelo menos, já ouviu falar. Dos mais "absurdos", para quem não pratica, aos mais comuns e que boa parte conhece, o fetiche é algo que permeia a nossa imaginação e age sem limites.

Há quem jamais sentiria atração sexual por olhos, muito menos tesão em tocá-los e beija-los. Mas, existem pessoas que chegam a ter orgasmos só de pensar em colocar tudo isso em prática. Sim, para os adeptos da oculofilia, a zona ocular é extremamente sexual. É lá que realizam desejos e vontades carnais.

Já a gimnofilia é pouco conhecida por sua denominação, mas bastante praticada. "Saí com um cara que curtia jogar tênis. Quando fui transar com ele pedi pra ele vestir a mesma roupa que costumava usar enquanto jogava", afirma Cláudio Oliver, 31, gerente administrativo.

Ao contrário do que muitos fazem na hora da transa, quem curte a gimnofilia deseja que o parceiro não tire quase nenhuma peça e dê o seu jeito para chegar ao finalmente. "Muitas vezes a roupa que o cara está vestindo me dá um tesão absurdo. Então, nem é preciso tirar para começarmos a transar. Até porque, se tirar, perde a graça pra mim", revela Oliver.

Por trabalhar em boates como barman, Léo S., 24, acredita que a atração por homens de terno esteja ligada à sua profissão. "Adoro 'homens de preto'. Geralmente, na balada, que é o meu local de trabalho, vejo os caras quase nus, sem camiseta, mostrando o peitoral… Sei lá, isso não me atrai. Prefiro o escondido. O que demora mais pra ser exposto", conta.

No entanto, o barman concorda que transar com um "traje executivo" não é tarefa fácil. "Aquela calça social, sapato e paletó, atrapalha bastante. Por isso exijo, no mínimo, a presença de uma gravata", brinca.

Se por um lado há dificuldade em transar vestido, Glauco, de 35 anos, também enfrenta barreiras para admirar a parte que mais lhe atrai no corpo masculino: os pés. Podólatra desde quando começou a transar com homens, ele conta que o velho ditado de que a "primeira impressão é a que fica" não funciona com ele.

"Quando encontro um boy, pela primeira vez, não consigo ver o pé dele. Se é bonito, feio. Ele ia me chamar de maluco se pedisse pra tirar o tênis no meio na balada", comenta.

Para não se frustrar, Glauco tem truques. "Deve ser coisa de podólatra, a gente nunca se engana. Se o cara cuida bem da aparência física, das mãos, com certeza vai ter um pé bonito, que me seduz".

Na hora do sexo, rola tudo. "Beijo, chupo, como se fosse qualquer outra parte do corpo. Sou capaz de passar horas ali, e chegar ao orgasmo", afirma Glauco.

O orgasmo, nem sempre, é o principal pra quem gosta de um bom fetiche. É o caso de M., estudante de hotelaria e bissexual, que curte golden shower, mais conhecida como "chuva dourada", que consiste em receber urina do parceiro no próprio corpo.

"Na hora do fetiche não me importo se vou receber urina de homem ou mulher", revela. No entanto, M. afirma que é mais difícil que mulheres topem numa boa essa fantasia, por isso costuma rolar mais com homens. "Só chego ao orgasmo na hora do sexo em si, mas para me sentir excitado, preciso que me molhem antes. Quanto mais, melhor".

Dos entrevistados, apenas um já se meteu em saia justa por causa de sua tara. "Sou apaixonado por mãos e comecei a sentir atração pelas mãos do meu dentista. Era inevitável! Eu esperava mais pelo momento em que ele iria tirar as luvas, do que terminar o tratamento", conta Guilherme F., que trabalha com vendas.

"Um dia, deitei naquela cadeira que deixa a gente totalmente vulnerável, e ele começou a falar sobre mordida, mordida torta, e me mostrar com as mãos como deveria ser o certo. Na hora, fiquei excitado. Morri de vergonha, estava de calça jeans e, lógico, surgiu um volume no meio das minhas pernas".

Apesar da situação constrangedora, Guilherme seguiu firme com o tratamento e, ao contrário de muitos pacientes, lamentou o fim das consultas. "Se pudesse, colocaria aparelho nos dentes de novo", brinca.

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