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Fetiches, Dominação e Submissão: um trajeto ao longo da História

Uma das curiosidades mais frequentes para todos os interessados por BDSM e fetiches se refere às suas origens e história . Seriam os fetiches e as relações de dominação e submissão algo intrínseco ao ser humano? Isso sempre existiu? Como eram encaradas essas relações? Para compreendermos melhor tais questões, vale a pena lembrar que o contexto de BDSM – com essa respectiva terminologia, organização, regras e suas implicações – somente existe como tal, no século XX, diferente das relações fetichistas e de dominação e submissão consensual. Elas sempre existiram e seu contexto mudou de acordo com a cultura e o período histórico. Sendo assim, a resposta para as perguntas acima existe, e seus primeiros registros encontram-se na Antiguidade Clássica. Primeiros registros de práticas fetichistas Os primeiros registros de relações de dominação e submissão apareceram em afrescos nas ruínas de antigas cidades etruscas. Na sociedade do período, homens mais velhos eram responsáveis pela iniciação sexual de rapazes jovens mais novos. Essas primeiras experiências envolviam práticas como spanking, e os jovens mais novos eram voluntariamente submetidos às vontades de seus Mestres. Essas práticas aconteciam em thermas, saunas do período, onde homens se encontravam para banhos, diálogos, massagens e iniciações eróticas. Muitas dessas instalações, localizavam-se nas chamadas zonas proibidas das cidades. Esses locais tinham esse nome porque eram destinados apenas aos homens importantes da sociedade e seus pupilos e aprendizes. Esse contexto também era encontrado de forma relativamente semelhante nas sociedades romana, grega, persa e cartaginesa. No mundo grego, os rituais dionisíacos permitiam que toda uma gama de práticas eróticas e sexuais acontecessem dentro de templos destinados ao deus Dionisio, Baco para os romanos. Paralelo a isso os ceutas, espalhados em tribos pela Europa ocidental, tinham rituais religiosos onde aconteciam relações semelhantes. Mas nessa cultura, a relação se dava entre homens e mulheres. A figura predominante nos rituais religiosos, era a sacerdotisa que representava a deusa terra da fertilidade. Nos rituais do solstício, da mudança climática e da colheita, sacerdotisas representando a mãe terra promoviam rituais de fecundação sendo os homens da tribo subjugados em nome da fertilização. Após a Antiguidade Clássica e queda do império romano, práticas de dominação, submissão e fetiches se perpetuaram ao longo da Idade Média, Renascimento e Iluminismo sob outros contextos sociais, religiosos e culturais. Matéria originalmente produzida por Fausto Fardado e publicada no site iGay.

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