Waldirene Pinto, de 40 anos, e sua companheira Fernanda Bajo, de 32, ganharam na justiça o direito a registrarem o nome de ambas na certidão de nascimento dos gêmeos Arthur e Beatriz, que estão com três meses.
Os bebês são filhos biológicos das duas. Eles foram gerados por Waldirene com óvulos inseminados de Fernanda. A sentença afirma que as duas são mães das crianças. O que acontece na maioria dos casos é que a Justiça reconhece como mãe apenas quem gestou ou quem doou o óvulo.
"Foi desgastante. Me barravam na maternidade. Reclamei e me deram uma pulseira com a frase Eu sou o papai. Não consegui incluí-los no plano de saúde", contou Fernanda à coluna de Mônica Bergamo no jornal "Folha de S.Paulo".
A decisão judicial saiu há 20 dias. O casal gravou um depoimento para a Coordenação para a Diversidade Sexual da Secretaria da Justiça de SP, que será exibindo na internet nessa quarta (29), quando se comemora o Dia da Visibilidade Lésbica.