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Filme “Stonewall” é criticado por apagar trans e negros na revolta e pode sofrer boicote

Apesar de ser um dos filmes com temática LGBT mais aguardados, "Stonewall" vem recebendo várias críticas da própria comunidade LGBT. O motivo? O longa, que diz relatar a "história real" da revolta do grupo LGBT em 1969 de Nova York, apagou ou simplesmente se esqueceu da importância de transgêneros e de pessoas negras no confronto.

+ Assista ao trailer de "Stonewall"

Na crítica de militantes, o diretor Roland Emmerich mostrou ainda um homem jovem, branco e cisgênero como o responsável por atirar o primeiro tijolo e iniciar o motim de Stonewall. Sendo que, na verdade, há inúmeros relatos de que tenham sido as transgêneros as responsáveis pelo confronto inicial com os policiais.

De acordo com o site Aazah, "o filme é um tapa na cara das pessoas que participaram da revolta e um insulto para a comunidade LGBT, trans, drag queens e negros. "Hollywood diz que a única maneira de as pessoas se importarem é se um homem branco for herói e que a mudança só ocorre se um homem branco lutar por ela". 

Há ainda um abaixo-assinado para boicotar a obra, que conta com quase 7 mil assinaturas. O diretor ainda não se manifestou. 

Segundo várias Ongs e militantes internacionais, é comum que pessoas trans fiquem de fora de obras, mesmo quando são protagonistas de uma história. E que o destaque seja dado sempre ao homem gay branco, mesmo quando ele não é o protagonista.

Críticos defendem que os nomes que não poderiam ficar de fora da "história real" são os da drag queen Marsha P.Johnson (1944-1992) e o da mulher transgênero Silvia Rivera (1951-2002). Elas estavam no espaço e, após a batida policial, teriam sido as primeiras a arremessarem um coquetel molotov e gritarem "Revolução".

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Para quem não sabe, a Revolta de Stonewall é considerada um marco na história LGBT por mostrar a primeira reação do grupo norte-americanos frente à pressão e ao preconceito policial. O confronto durou quatro dias e originou o Dia do Orgulho LGBT, comemorado internacionalmente.

Silvia Rivera também é uma das ausências sentidas na obra

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