Na última sexta-feira, 7/7, a população brasileira parou para assistir ao último capítulo de Belíssima, novela das oito da Rede Globo. Não fui diferente. Talvez por teimosia, pois na noite anterior, ao final do penúltimo capítulo, fiquei achando que havia perdido horas e horas assistindo aquela obra, que me mostrava uma bala dourada indo em direção à câmera. Não acreditava naquela cena que assistia. Mesmo assim, decidi assistir ao último capitulo, até porque seriam apenas mais algumas horinhas na frente da TV. O que inicialmente parecia ser mais um sacrifício, na realidade se mostrou sendo como uma ótima e divertida noite de sexta-feira. E para um começo chato e com final bastante previsível, o que salvou a novela inteira foi o desenrolar da vida de personagens secundários. Saber que Vitória era filha de Bia Falcão, não foi tão divertido, nem teve glamour suficiente como a fuga em um jatinho particular da vilã principal. A melodramática cena de todo o núcleo da vila (não sei o nome), onde moram o Murat e sua família, não chega aos pés da divertidíssima cena em que Gigi chama seu namorado, top bofe, para ir pra casa. Arrasou, bee! O final com Julia e o grego na Grécia foi chatíssimo. Mais do que previsível. O final feliz da novela. Só lembro que a cena existiu pelas belas paisagens gregas. Diferente da memorável cena em que Bia Falcão e o michê bebem champagne em Paris. E que michê! Isso que é final. Linda, bela, em Paris e com um bofe daqueles. Parabéns! Um final digno de Fernanda Montenegro. Tão belo quanto o take em que Karen e Rebecca terminam juntas em um iate em Angra do Reis, bebendo champagne. Final bem melhor do que a morte das duas lésbicas da outra novela de Silvio de Abreu, “Torre de Babel”. Vivido pelas não menos belas Silvia Pfeifer e Cristiane Torloni. Assistir a Carolina Ferraz, um das mulheres mais lindas e sexy do Brasil, em um iate, brindando a nova vida foi, como diria Antonio Salomão, luxo!! Agora, a melhor cena de todas foi a de Ornela. Fiquei fã. Enganou-se quem achou que ela iria ficar chorando pelos cantos a falta do michê. A cena dela caçando o garçom, sem medo de ser apreendida ou do que os demais iriam pensar, foi uma aula para muitos. “Me deixa fazer o que gosto”, falou ela para o irmão. É isso aí! E para finalizar. Que cena foi aquela dela pagando seu novo michezinho? Quando ele foi dar desculpinha do pagamento, com aquela história batida: “Não quero que você pense que eu…”. Ela soltou a frase de todas da novela: “Nesse momento, a última coisa que quero é pensar!”, respondeu deitada na cama, pagando o rapaz depois de transar com ele. É exatamente isso. Não tenha medo de assumir nada, não precisa de desculpas para suas ações. Seja feliz como queira.