Um dos personagens mais polêmicos na carreira de Mateus Solano, Felix, o gay 'enrustido' de Amor à Vida", foi o assunto da entrevista do ator para a revista "Mensch", em que também é capa esse mês.
Sobre o papel, escrito pelo autor Walcyr Carrasco, Mateus confessa que se sentiu bastante inseguro no começo, por não saber como o público ia lidar com a homossexualidade e maldades de Felix, que usa do bom humor para criar uma certa empatia com o público.
"O Félix tem muitas questões, a maldade, os traumas, a ambição e a homossexualidade. Se ele tirasse o humor e deixasse aquele personagem escuro, mau, trancado no armário, o público não compraria a ideia. Ele colocou tudo dentro do caldeirão. Já foi escrito para ser um sucesso! Tão certo como ele deu eu não imaginava", revela o ator.
"No início eu estava muito inseguro com o tom certo para o personagem. Lembro que no dia do primeiro capítulo, eu estava com falta de ar e muito tenso, mas logo em seguida eu percebi o tom certo para ele e me senti mais seguro", completou.
Durante a entrevista, Mateus falou sobre a fama e que prefere ser reconhecido por seu trabalho. "Ser famoso não é bom, você perde a sua individualidade. A minha vida é um constante laboratório, e com a fama eu deixo de observar para ser observado", afirmou.
Logo nessa semana, o personagem do ator ganhará ainda mais destaque na trama das 21h da Globo. Felix será tirado do armário pela mulher Edith (Barbara Paz) e, como o A Capa já contou, renderá um bom debate em torno do conservadorismo de César (Antonio Fagundes), pai do vilão, que não aceita a sexualidade do filho.