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Fora do armário: Batman é gay e ainda sai com Elton John em novo livro lançado na Itália

Um livro bastante ousado está mudando a história de grandes heróis dos quadrinhos. Estamos falando da obra "Erotic lives of the superheroes" (Vidas eróticas dos super-heróis, em tradução livre), escrita pelo italiano Marco Mancassola.

O autor, que escreveu sobre as obsessões sexuais do Super-Homem, do Senhor Fantástico e da Mystique, não poderia deixar Batman de lado e tirou o mascarado de Gotham City definitvamente do armário. No livro, Batman é retratado como um um gay "egocêntrico", "narcisista" e "perverso".

"Batman sempre teve um lado obscuro. O fato de a minha visão sobre o personagem evocar formas estranhas de fetichismo e sexo extremo não deveria causar surpresa", afirmou Mancassola.

O Batman retratado no livro do italiano tem o narcisismo como o seu abismo interior. "Ele deixou que sua única história de amor verdadeiro falhasse porque se apaixonou pelo mistério da juventude – aquele tipo de estado inacessível e fugaz que ele enxerga nos olhos dos jovens", acrescentou o autor.

Na história, Batman vive um relacionamento em crise com Robin justamente por ter com o parceiro uma vida sexual monótona. Para preencher esse vazio, o personagem sai a noite com rapazes e ainda se encontra com Elton John em jantares de caridade.

Segundo Mancassola, a intenção do livro não é chocar os leitores com a vida sexual de seus herois. "Não houve intenção de chocar ou ofender ninguém. 'Vidas eróticas dos super-heróis' é só uma tentativa de explorar a complexa humanidade de um grupo de personagens", afirmou.

Quanto ao Batman, o autor reconhece que muitos fãs ficarão ainda mais chateados pelo fato de o mascarado ser retratado de uma forma pouco positiva.

"Muitos não conseguem me perdoar pelo que fiz aos seus amados personagens. Isso é verdade especialmente quando se trata do Batman, que é o personagem menos bonzinho do livro. Ele é egocêntrico, ridiculamente vaidoso e perverso em algum nível. Mas, na verdade, eu o retratei do jeito que eu gosto dele. Ele é humano. Ele personifica a tragédia na qual a sociedade contemporência transformou o envelhecimento", declarou Mancassola em entrevista ao jornal "The Independent".

O livro, que já é sucesso na Itália, chega esta semana no Reino Unido.
 

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