No dia 31 de outubro, o governo francês apresentará o projeto de lei que tem como objetivo permitir que casais homossexuais se casem sob as mesmas condições dos casais heterossexuais.
De acordo com o chefe do Executivo, Jean-Marc Ayrault, o texto poderá ser aprovado mediante a votação no próximo ano. No entanto, o projeto sofre dura rejeição por parte de um grupo chamado "Prefeitos pela infância", que representa um terço dos prefeitos eleitos, criado em 2006.
O grupo enviou e-mail aos prefeitos do país para ouvir suas respectivas opiniões sobre a aprovação da união civil entre casais do mesmo sexo. Além do coletivo, a reprovação do texto ganhou o reforço de mais seis bispos da região de Normandia, que reivindicaram em comunicado um "debate indispensável" sobre o tema por considerar que esse tipo de legislação deverá impor "uma verdadeira ruptura da civilização".
"Não é razoável tocar a instituição do casamento desprezando as desafortunadas consequências que isso terá sobre o equilíbrio da vida familiar", afirma os bispos em nota.
Os religiosos afirmam ainda que "a diferença fundamental homem e mulher" é indispensável para a vida do casal.