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“Fui estigmatizado pela pauta LGBT”, diz deputado Jean Wyllys

Jean Wyllys afirmou em entrevista à revista Brasileiros, da qual é capa, que está estigmatizado pelas pautas LGBT. Segundo o deputado federal do PSOL, ao contrário do que é divulgado pela mídia e eleitores, o seu mandato "abrange todas as questões das minorias".

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"Fui estigmatizado pela pauta LGBT, pelo fato de ser homossexual assumido. No Congresso Nacional, não tem nenhum parlamentar que defenda de forma clara as reivindicações da comunidade LGBT. O fato de eu tratar dessa bandeira de maneira desbragada, destemida, estigmatizou o meu mandato", declarou.

Segundo Jean, a imprensa ajuda no estigma quando o procura para falar sobre o assunto. "Quando ela precisa de alguém que trata do assunto, recorre a mim. Quando falo, reitero a ideia de que só trato disso. Mas, desde o início do mandato, busquei uma atuação mais ampla. A primeira comissão que escolhi para atuar foi a de Finanças e Tributação", declarou.

Jean disse que os próximos passos será desarquivar os processos antigos, mas que terá prioridades. "Primeiro, preciso desarquivar o projeto que legaliza e regulamenta a cadeia produtiva da maconha. Dispõe sobre produção, plantio, passando pela comercialização, até o consumo (…) Tem também o Projeto de Lei João Nery,q eu assegura o direito da identidade de gênero das pessoas transexuais na documentação e para fazer o processo de transexualização no âmbito do SUS".

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Na entrevista, ele também revela que o contato com a presidenta Dilma Rousseff – quem apoiou no segundo turno das eleições – foi recente. "Durante o último mandato, não tive contato nenhum com a presidenta. Ela sempre foi muito refratária a receber parlamentares (…) Eu também só pleiteei uma audiência para conversar sobre a. Escola Sem Homofobia, projeto que ela enterrou por pressão da bancada evangélica da base governista. Minha ideia era defender o ponto de vista da comunidade LGBT, mas ela não me atendeu. A equipe dela negou agenda. Depois, não pleiteei mais".

Do contato recente, ele afirma que apresentou "pontos que considera relevantes": criminalização da homofobia, legalização do casamento civil igualitário, reinvestimento nas políticas de prevenção a AIDS, a educação inclusive e para diversidade e os direitos dos povos indígenas.

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