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Funcionários de hospital debocham de paciente gay porque ele estava com camisa do Corinthians

A homofobia ainda é inerente à prática esportiva. Seja dentro ou fora de campo, o preconceito de orientação sexual é um dos mais praticados pelos amantes de esportes, sejam atletas ou torcedores.

Recentemente, começou a circular nas redes sociais um vídeo onde dois funcionários de um hospital de Embu-Guaçu, cidade da região metropolitana de São Paulo, aparecem debochando de um paciente gravemente ferido com uma facada, porque o mesmo trajava uma camisa do Corinthians.

Anderson A. G. teria sido trazido pelo SAMU e deu entrada na unidade hospitalar gravemente ferido, quando, segundo ele, um homem "veio do nada" e lhe atacou com a arma branca.

Nas imagens, é possível ver que o paciente chega a mostrar o ferimento aos profissionais, mas tem seu quadro clínico ignorado pelos especialistas, que insistem em focar na camisa do time vestida por Anderson, instigando-o a falar para qual time torce.

Uma amiga da família do paciente, que tornou público o vídeo, questionou a atitude dos médicos que, segundo ela, "se preocupam mais com o time e a sexualidade de Anderson do que com sua vida". Clique AQUI para assistir o vídeo. 

À reportagem da Rede Record, a prefeitura de Embu-Guaçu, sob a gestão de Maria Lúcia (PSB) informou que "a administração municipal está investigando estas ocorrências através de processo administrativo, para apurar os fatos e tomar as providências cabíveis".

A gestão municipal ainda disse que "Anderson A. G. deu entrada na Unidade Mista de Saúde no dia 27 de setembro, às 19hs, vítima de acidente por arma branca, levado pelo Samu".

A prefeitura informou ainda que, no momento da gravação, o paciente não estava bem de saúde, ao contrário do que informou o funcionário da Unidade de saúde municipal.

Em outro vídeo (já retirado das redes sociais), um homem detido pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) diz ter dado a facada em Anderson porque o mesmo tentou roubá-lo. Contudo, os agentes caçoam de Anderson (tratando-o no feminino) e pergunta ao preso se "'ela' (Anderson) queria roubar o dinheiro ou o coração do senhor?".

A GCM não se manifestou sobre o assunto.

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