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Fundação Perseu Abramo vai realizar pesquisa que visa mapear a homofobia no país

A Fundação Perseu Abramo (FPA) em parceria com o Instituto Rosa Luxemburgo (RLS) irá realizar uma pesquisa inédita e nacional sobre a homofobia no Brasil com o título: "Diversidade Sexual e Homofobia: Intolerância e Respeito às Diferenças Sexuais nos Espaços Público e Privado"

A pesquisa pretende investigar as questões que irão contribuir para a prática intervencionista social e transformadora. O foco mais importante é que a investigação detenha-se em questões pouco abordadas, com o foco na imagem da opinião pública sobre identidades sexuais que fogem do padrão heterossexual.

Segundo Gustavo Venturi, um dos responsáveis pelo projeto, a importância da pesquisa está no fato de que talvez se consiga traçar um mapa nacional e detalhado da homofobia no país. "Acredito que a pesquisa traga alguma luz sobre o porquê do Brasil liderar em crimes homofóbicos. Conforme definido nos objetivos, o foco é captar o preconceito e mensurar práticas discriminatórias contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, em busca de subsídios para políticas públicas de combate à homofobia e do aumento do debate público sobre a intolerância”.

Gustavo  explica a escolha do tema dizendo a pesquisa é conseqüência de outros estudos já realizados. "A escolha do tema se explica pela trajetória de pesquisas sociais (mulheres, juventude, racismo, idosos) do Núcleo de Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo (vide www.fpabramo.org.br ). Foi feita no final do ano passado, no planejamento das atividades da FPA deste ano, quando se decidiu também que a FPA buscaria parceria com a Rosa Luxemburgo para esse projeto. Insere-se nos objetivos gerais do NOP de investigar o imaginário social brasileiro sobre temas socialmente relevantes".

Sobre a ausência de pesquisas abordando homossexuais, Gustavo acredita que um dos fatores "é que quando perguntamos a orientação dos entrevistados num survey nacional, no máximo 2% declaram-se homo e bissexuais, e com tão poucas entrevistas (menos de 40 numa amostra de 2 mil pessoas) estatisticamente não há como considerar as respostas desse segmento separadamente do restante. Um desafio da presente pesquisa será formular as questões de forma a captar um percentual maior da população GLBT".

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