Depois de matar a mãe e o irmão por eles não aceitaram sua orientação sexual, o jovem argentino Marcelo Bernasconi, de 18 anos, pedirá para que um juiz homossexual integre o tribunal que irá julgá-lo.
Segundo o advogado do rapaz, Nicolás Malpeli, um juiz homossexual poderá "compreender" melhor a situação. "Este é um caso muito particular. Aqui não há juízes capacitados para enfrentar a problemática deste menino. Por isso apresentarei um pedido para que o tribunal esteja integrado, por exemplo, por uma juíza solteira, um juiz que seja pai e outro que seja homossexual para garantir a imparcialidade", ressaltou.
Logo no inicio das investigações, Marcelo chegou a dizer aos policiais que seus parentes haviam sido mortos por criminosos que invadiram sua casa, na província de Oliden, em Buenos Aires. Depois, acabou confessando ter sido ele o autor do assasinato de sua mãe, de 60 anos, e seu irmão, 28.
"Ele nunca quis que acontecesse o que aconteceu. Foi uma situação extrema porque o perseguiam psicologicamente o tempo todo", disse o advogado.
Nicolás afirmou também que Marcelo se via obrigado a "levar meninas para casa para fazer a mãe acreditar que era heterossexual". Para o advogado, é importante que "um dos juízes seja homossexual para que ele possa estar na pele da pessoa que vai julgar".