Bem diferente do quadro de jornalistas do Brasil, no Reino Unido, mesmo que em menor escala, é possível ver profissionais assumidamente homossexuais à frente das câmeras. Um nome por exemplo, é o jornalista Owen Jones que virou notícia por rebater à altura comentários homofóbicos proferidos por Sidney Cordle, líder de um partido político da ala conservadora do Reino Unido em debate na TV. Cordle, cujo partido é contrário a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e oferece a quantia de 10 mil libras para que gays se casem com uma pessoa do sexo oposto, chegou a afirmar que os ataques sucessivos de grupos terroristas à Europa são frutos da abertura dos governos do Ocidente aos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Mesmo afirmando que homossexuais devem ser tratados como “parentes próximos”, o político nega que seja preconceituoso: “Não somos contra essas pessoas, apenas defendemos princípios. Queremos proteger o casamento entre homem e mulher porque é ele que garante as crianças”, disse. Em resposta aos comentários de Sidney, Owen Jones disse que “Uma das muitas coisas que me deixa orgulhoso em ser britânico é que as pessoas LGBT que lutaram contra a opressão e perseguição por muitos anos foram perseguidas por pessoas como você. Você simplesmente nos odeia pelo fato de que temos direitos que vocês já tem por certo ao nascer. Nós amamos as pessoas assim como heterossexuais também amam e queremos apenas direitos iguais sem distinção.” Ainda, o jornalista refutou o argumento do conservador sobre a importância do casamento hétero para que aja reprodução, alegando que Cordle ignora os casais heterossexuais que por questão de saúde não podem gerar filho, além daqueles que optam por não procriarem. Sobre a analogia aos muçulmanos, Owen declarou que “Há milhões de muçulmanos como o prefeito de Londres Sadiq Kham que lutam pelo direito de pessoas LGBT e contra o fanatismo que você ressalta. Você é a verdadeira ameaça para esta grande democracia.” Assista ao momento da voadora de Owen no conservador Cordle, nos 5:22 do vídeo abaixo: