Rudolf Brazda, 97, homossexual e sobrevivente dos campos de concentração nazistas, será condecorado pelo governo francês. Rudolf receberá o título de "Cavaleiro da Legião de Honra", a mais alta homenagem concedida pelo país. Brazda sobreviveu a três anos de internação em Buchenwald.
Segundo Philippe Couillet, presidente da associação "Memória Esquecida", que trabalha pela dignidade das vítimas homossexuais do Holocausto, a recomendação para a condecoração de Brazda aconteceu a pedido do primeiro-ministro francês, François Fillon.
O primeiro-ministro disse que o prêmio representa "um passo no reconhecimento da deportação de homossexuais" e que Rudolf Brazda merece tal homenagem, pois teve a coragem de ir a púbico revelar a sua história.
Em 2008, Brazda participou da inauguração de um monumento feito em Berlim em homenagem às vítimas homossexuais da Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, ele relatou a sua história e na mesma época lançou um livro contando a sua biografia, cujo título é "A sorte sempre voltava para mim".
Segundo dados oficiais, acredita-se que mais de 15 mil homossexuais foram mortos pelo nazismo. Há quem diga que este número chegue a 50 mil.
A condecoração de Rudolf Brazda acontece nesta quinta-feira (5).