Menu

Conteúdo, informação e notícias LGBTQIA+

in

Gaydar não existe e ajuda a reforçar preconceito, diz estudo

Quem nunca olhou para um homem e questionou a sua orientação sexual que atire a primeira pedra. E não estamos falando da dúvida pelo interesse no outro, mas na simples avaliação da orientação sexual baseada na aparência.

+ Homens héteros fazem mais sexo com outros homens que imaginamos

Mas ao que tudo indica o famoso "gay dar" ou "radar gay" não existe. E pode ser uma perigosa forma de estereotipagem, informa o novo estudo publicado pela Universidade Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

A nova pesquisa científica acabou derrubando outra similar de 2008 (relembre aqui), que dizia que voluntários podiam, sim, adivinhar a orientação sexual apenas observando fotos. Aliás, o resultado e métodos da primeira pesquisa foram utilizados, avaliados e, por fim, derrubados.

Inicialmente, eles observaram que a resolução das fotos do primeiro estudo era diferente – as de gays e lésbicas estavam me melhor definição que a dos héteros – o que facilitava o radar. Neste novo estudo, eles repetiram as fotos com a mesma qualidade e, desta vez, diferente da primeira, os voluntários não sabiam acertar quem era gay e quem era hétero.

Depois, os pesquisadores resolveram ver se a influência externa poderia ajudar. Ou seja, dividiu as pessoas em três grupos. No primeiro, disse que o "gaydar" é real", no segundo disse que é puro "preconceito" e o terceiro não disse nada. Sendo assim, o grupo que foi levado a acreditar que o gay dar é real passou a estereotipar muito mais que os outros dois, dizendo frases do tipo: "Ele é gay porque gosta de fazer compras".

+ IBGE revela que apenas 7,7% dos municípios brasileiros têm ações pró-LGBT

O coordenador do estudo William Cox declarou que dizer que tem "gaydar" é o mesmo que ser preconceituoso, mas com outro nome. "Camuflar o preconceito de 'gaydar' o torna mais socialmente aceito", defendeu. "Se você diz às pessoas que eles têm gaydar, você legitima o uso de estereótipos. Reconhecer a forma como um preconceito é ativado pode nos ajudar a superá-lo", afirmou.

Sair da versão mobile