O mercado está cada vez mais com os olhos voltados para a comunidade LGBT. Não porque estão necessariamente sensibilizados pela questão da diversidade sexual ou de identidade de gênero, mas porque o grupo representa sim um grande potencial de compras.
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Segundo a Out Leadership, associação internacional de empresas que desenvolve iniciativas para o público gay, o potencial financeiro do segmento LGBT no Brasil é estimado em US$ 133 bilhões.
O número é de R$ 418,9 bilhões ou então 10% do PIB nacional – o Produto Interno Bruto, que corresponde ao total de bens e serviços produzidos no Brasil.
Sobre o público mundial, o grupo LGBT corresponde a US$ 3 trilhões para gastar ao ano. Na Europa, o potencial de consumo é de US$873 bilhões e, nos EUA, de US$760 bilhões. Apesar de significativa, a amostragem é questionada por diversos setores, uma vez que nenhum país inclui estatísticas confiáveis sobre a população homossexual.
EMPRESAS ABREM AS PORTAS
Segundo a diretora da marca no país, Luciana Marsicano, a grife entende que não existe apenas o caminho tradicional para o casamento e, por este motivo, fez uma propaganda com um casal gay.
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"Os casais retratados na campanha representam a diversidade de pessoas que visitam a Tiffany todos os dias para encontrar o anel perfeito".
O turismo é outro segmento que foca no grupo.A Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes, diz que apenas os turistas LGBT movimentam R$ 150 bilhões no Brasil por ano. E a Be Happy Viagens, que é especializada em roteiros românticos, diz que LGBTs representam 5% dos clientes. "Das 400 viagens, vinte foram compradas por casais gays", diz a fundadora Jacqueline Dallal.
O professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo e sócio da Txai Consultoria, Reinaldo Bulgarelli, que aborda a diversidade sexual com as empresas, declarou que as empresas estão cada vez mais "apresentando seus produtos nas chamadas propagandas plurais, para falar aos novos arranjos familiares".