Muito tem se especulado o que pode acontecer com Cuba com o afastamento do ditador cubano Fidel Castro, que foi internado com problemas de saúde, e a transferência do poder para seu irmão Raul Cortez. Com Raul no poder, o movimento GLBT cubano pode começar a sonhar com uma situação melhor, se não agora, em um futuro próximo. O motivo é simples: Raul Cortez é a favor das medidas que sua filha Mariela Castro. A filha de Raul é a responsável pelo Centro Nacional de Educação Sexual e tem promovido idéias de direitos humanos para gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. As políticas do Centro são consideradas avançadas para um país que ainda vive preso em uma sociedade sexo-machistas com fortes influências dos anos 60 e 70. É bom lembrar que até 1979, a homossexualidade era proibida na ilha de Fidel. O departamento presidido por Mariela ainda é responsável por promover ações para combater a Aids e, atualmente, produz uma novela com um personagem bisseuxual. Além disso, ela recentemente apoiou uma lei que permitia a livre troca de gênero, que deve ser votada em dezembro. Em entrevista recente a agência de notícias Reuters que fazer uma revolução sexual em Cuba. “Não sabemos exatamente o que iremos propor. Depende do que identificarmos como sendo as principais necessidades de gays e lésbicas”. “A união civil em Cuba não é tão importante como em outros países católicos. Aqui, é mais importante difundir o consenso contra o preconceito”, disse Mariela Castro. Ainda na entrevista, ela disse contar com o apoio do pai para suas mediadas. E afirmou também, que considera mais difícil convencer seu tio Fidel Castro. “Naturalmente, falo com meu pai sempre que eu tenho a possibilidade. Ele é um daqueles do partido que apóia nosso trabalho. Pensa que é útil, bom, justo”, completou.
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