in

“Gays fazem minha alegria estética”, diz Costanza Pascolato

A edição de julho da revista DOM, que chega às bancas esta semana, traz uma entrevista com a dama da moda brasileira, Costanza Pascolato.

À publicação, Pascolato, 70, falou sobre o lançamento do livro “Os Segredos de Costanza”, sobre o fim de seu casamento com o crítico musical e escritor Nelson Motta e ainda sobre sua identificação com o público gay. Para a empresária e consultora de moda, os gays “têm muito mais liberdade na hora de se representar”. “Eles se olham no espelho e querem se reinventar o tempo todo. (…) Os pessimistas dizem que eles não se aceitam. E os otimistas dizem que eles têm muito mais fantasias do que os outros”, comentou.

Na opinião de Pascolato, a era moderna, pós-Revolução Industrial, criou uma imagem uniformizada do homem. “Antes disso, a nobreza era de uma liberdade na representação muito mais interessante. Mesmo os homens que eram considerados héteros, inclusive membros da realeza britânica, se travestiam. Era um período estetista, que não tinha nada a ver com as travestis de hoje. (…) Vejo isso no gay até hoje, com as epifanias estéticas que eles fazem. Isso é altamente civilizado. Então, sim, eles ainda fazem a minha alegria estética”, afirmou.

Segundo a empresária, a influência do gay ainda é muito forte nos dias de hoje. “Nem penso mais em quem é quem, porque o gay já não é mais uma minoria. Minoria hoje é mulher magra”, brincou. “O divertido é essa efervescência que quase todos os gays têm, o entusiasmo, os rompantes, as emoções.”

Sobre seu relacionamento com Nelson Motta, Pascolato disse que ficou chateada com a forma como tudo aconteceu. “Estou louca para mandar uma mensagem para ele porque a gente cortou relações”, contou a empresária, que encara sua vida sexual como coisa do passado. “Agora me aposentei. Talvez eu não seja tecnicamente voltada para o sexo. Gosto de olhar. Não olhar pessoas fazendo sexo, imagine”, disse. “Acordo às vezes no meio da madrugada, e tem esses filminhos pornôs, que são de uma vulgaridade. Agora, o que é erótico para mim… Tenho que puxar muito pela memória para saber o que é erótico, não sei mais como é que é”, confessou.

A edição de junho da DOM traz ainda um ensaio com o modelo jamaicano Oraine Barrett, 24, que conquistou o mundo da moda depois de vencer o concurso Male Face of Jamaica and the Male Face of the Caribbean. Outros destaques são uma reportagem sobre beleza, uma matéria sobre a cidade britânica de Brighton e ainda um especial sobre os 40 anos de Stonewall.

Bruno Spinelli esquenta qualquer dia frio

Confira pesquisa sobre lésbicas no DF