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Gays não conseguem retirar preservativos nos postos de saúde de Salvador

Faltando menos de uma semana para o Carnaval, homossexuais enfrentam problemas na retirada de camisinhas em postos de saúde da cidade de Salvador. Segundo o coordenador do Grupo Gay da Bahia, Cristiano Santos, esta reclamação por parte dos gays é recorrente em reuniões do Fórum Baiano de ONGs/AIDS,  porém ressalta que este tipo de problema não ocorre em todos os postos de saúde da cidade "A sorte é que tem uns que liberam – depende do posto, de cada pessoa que está na direção."

O coordenador acredita que o problema acontece porque, em muitos casos, a camisinha só é distribuída pela Secretaria Municipal de Saúde para quem participa de programas de planejamento familiar. "Um homossexual não pode participar de um planejamento familiar, pois tem uma relação que não gera filhos. É uma relação que é para o prazer e não para constituir família, mas eles querem se proteger. A distribuição deve ser para todos." diz Santos. 

Já a coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Salvador, Socorro Farias, afirmou que a entrega de preservativos não obedece a qualquer tipo de diferenciação ou segregação. "O preservativo deve estar disponível para todas as pessoas.” No entanto, Socorro não descarta a possibilidade de que algum profissional tenha tomado essa atitude de negar a distruição.  Para ela, esta situação pode acontecer devido a falta de informação dos profissionais, que ocorre em função da grande rotatividade de funcionários, pois, muitas vezes, o setor é terceirizado ou aplica-se contratos temporários, como é o caso, por exemplo, dos que trabalham na área de saúde da família.

Para erradicar este problema de distribuição, Socorro pede à população que denuncie dificuldades na obtenção dos preservativos na rede pública de saúde. "Recomendamos que, em situações desse tipo, as pessoas façam a denúncia, se dirijam à gerência da unidade, ou procurem a própria coordenação de DST/Aids, mas que não deixem passar, porque pode ser a atitude de um profissional específico, já que essa não é a diretriz do programa."

As denúncias podem ser feitas para a Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador no telefone (71) 3186-1100, ou no site www.saude.salvador.ba.gov.br

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