Na tarde desta quinta-feira, 4/10, um tímido grupo de homossexuais protestou contra casos de agressões a homossexuais. Após o protesto, o grupo entregou a promotores do Ministério Público Estadual um documento solicitando o acompanhamento de inquéritos e ações penais mais ágeis relativas aos casos de assassinatos de homossexuais. Os promotores se comprometeram a fazer o acompanhamento dos inquéritos e dar continuidade aqueles que estão parados.
Para Anderson Pestana, coordenador do movimento e presidente da Associação de Gays do Espírito Santos, a maioria dos crimes fica sem solução por causa da família que omite fatos da polícia, como a orientação sexual da vítima. “Na verdade, muitas vezes, no boletim de ocorrência, as famílias não permitem que se coloque que as pessoas eram homossexuais ou travestis. Elas omitem este fato e não tem nem como classificar como crime de ódio ou ter uma investigação mais profunda”, declarou ao jornal Gazeta de Vitória.
No documento entregue pelo grupo constam os nomes de dezoito homossexuais, todos mortos violentamente entre setembro 2006 e setembro de 2007. Entre 09 de agosto e 22 de setembro, foram quatro mortes, duas em Vitória e duas em Viana.