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Gays querem usar Twitter para alavancar campanha Não Homofobia

Usuários do Twitter programam para amanhã uma mobilização online com a finalidade de divulgar a campanha Não Homofobia. A ideia é transformar a expressão #Naohomofobia (assim mesmo, sem acento) em um trending topic.

Para quem não usa o serviço de microblog, os trending topics, mais conhecidos como TT’S, são como tags. Ao final de cada postagem o usuário coloca uma cerquilha seguida de uma palavra (no caso, #Naohomofobia) para identificar qual é o assunto comentado. Desta forma, ao se clicar no link gerado é possível procurar outros tópicos sobre o mesmo tema.

Francisco Assis, ou @xicaum, é um dos responsáveis pela iniciativa. Ao lado de uma amiga, que criou o perfil @naohomofobia, ele pretende que apoiadores da criminalização da homofobia ajudem a colocar a campanha nos trending topics a partir do meio-dia de amanhã. Para isso estão buscando apoio no próprio Twitter e nos perfis de celebridades como Danilo Gentili, Marimoon e o "cover" do Christian Pior. A ideia é "chamar atenção da sociedade para o tema", como diz o próprio Francisco.

A iniciativa é inspirada na ação do #ForaSarney, que mostra insatisfação ante ao atual presidente do Senado Federal frente as denúncias de corrupção e nepotismo envolvendo o parlamentar. "A ação do #ForaSarney é um exemplo de manifestação super sucedida no sentido de criar mídia espontânea. A ação foi comentada pela TV Globo, MTV, Bandeirantes, Rede TV!, Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e outros portais online. Conseguiu repercussão", analisa.

Esta não foi a primeira vez que tentou-se incluir o assunto nos temas discutidos no Twitter. Na última quinta-feira (30/07) houve uma tentativa. Conseguiram aparecer nos usuários que mais postaram. Resolveram então combinar um dia para o ato e procurar apoio do Grupo Arco-Íris, ONG carioca e uma das principais articuladoras da campanha.

Superintendente de Direitos Individuais Coletivos e Difusos da Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social do Rio de Janeiro, o também ativista Claudio Nascimento, que também tem um perfil no site, não sabia da mobilização até a tarde desta terça-feira após conversar com a reportagem de A Capa.

O desconhecimento não era em vão. O GAI está para mudar de sede. Nas próximas semanas passa a funcionar em um imóvel na rua do Senado, no centro da capital fluminense. Por isso, Francisco e os amigos encontraram dificuldades para contatar a entidade. Receberam aval de Gilza Rodrigues, presidente do Arco-Íris, para tocarem a mobilização somente ontem.

Organizador da campanha lançada em outubro do ano passado, Nascimento ficou feliz com a iniciativa. "Acho maravilhoso, porque vai contribuir muito com a visibilidade da campanha e da nossa luta", disse. Para ele "não há problemas" de pessoas não ligadas à organização direta da campanha crie perfis nas redes sociais. "É fundamental para que ela se popularize que as pessoas a tomem para si. A criminalização da homofobia, se aprovada, vai fazer um bem enorme a todos os gays, não só aos que articularam a campanha", afirmou.

Francisco estima, baseado nas estatísticas do Twitter, que são necessários mais de 2.500 comentários de usuários distintos para que a campanha vá parar nos Trending Topics.

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