Um grupo de extrema direita agrediu cinco pessoas durante a Parada do Orgulho Gay de Budapeste, que aconteceu no último sábado (05/07).
"É uma vergonha que aconteça algo assim em um país centro-europeu", declarou a euro deputada Katalin Lévai, após ser atacada junto ao ex-secretário de Estado Gábor Szetey, que há um ano assumiu ser homossexual, durante a parada gay da Hungria, em Budapeste, no sábado passado (05/07).
Quando foram reconhecidos, os dois políticos deixavam o local do desfile em um veículo policial. Um grupo de extremistas atacou o automóvel, mas não conseguiu ferir ninguém, mesmo tendo quebrado o vidro de uma das janelas.
"Foi chocante ver a chuva de ovos e pedras", disse Lévai à EFE. O político liberal Gárbor Horn chegou a receber alguns golpes perto do desfile e, apesar do ocorrido, declarou estar bem.
Em Defesa do Orgulho Gay
No mesmo dia dos ataques homofóbicos na Hungria, milhares de pessoas saíram às ruas no centro de Londres para defender o orgulho gay.
Sob o lema "Contos de fadas, mitos e lendas", o evento contou com o apoio da ministra britânica para a Igualdade, Harriet Harman e do líder do Partido Liberal-Democrata, Nick Clegg.
Antes da passeata, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, recebeu em sua residência vários ativistas, entre eles o ator Ian McKellen, que interpretou o mago Gandalf na trilogia "O Senhor dos Anéis", fundador do grupo Stonewall, que defende os direitos dos homossexuais.
"Estou satisfeito porque Brown escutou as preocupações expressadas pelo Stonewall, particularmente em torno da homofobia nas escolas, que ainda arruína muitas vidas jovens", disse o ator à imprensa britânica.