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“Geração Z e o dilema dos ingressos: como os altos preços estão moldando a experiência de shows ao vivo”

"Geração Z e o dilema dos ingressos: como os altos preços estão moldando a experiência de shows ao vivo"
"Geração Z e o dilema dos ingressos: como os altos preços estão moldando a experiência de shows ao vivo"

A Geração Z está enfrentando um dilema financeiro ao buscar ingressos para shows de artistas renomados como Beyoncé e Taylor Swift, cujos preços dispararam para valores que podem ultrapassar R$ 3 mil. Segundo pesquisas, em 2024, o preço médio dos ingressos para eventos musicais chegou a US$ 135,92, resultando em um ajuste significativo no orçamento dos jovens que desejam participar desses eventos. O fenômeno, impulsionado pelo medo de ficar de fora (FOMO), tem levado muitos a reconsiderar suas finanças para não perder a chance de ver suas estrelas do pop favoritas ao vivo.

Ignacio Vásquez, um estudante de 20 anos de Modesto, Califórnia, economizou durante um ano para conseguir ingressos para a turnê de Beyoncé, mas ficou chocado ao descobrir que os preços variavam de US$ 600 a mais de US$ 1.000 durante a pré-venda. Apesar de sua dedicação, ele acabou desistindo devido ao alto custo. Os dados da Pollstar mostram que, enquanto em 1996 o preço médio de um ingresso era de apenas US$ 25,81, ajustado pela inflação para US$ 52, em 2024 esse valor saltou drasticamente.

A Geração Z, nascida entre 1997 e 2012, está gastando consideravelmente mais em ingressos de shows do que as gerações anteriores. Uma pesquisa da Merge revelou que 86% dos jovens admitiram ter ultrapassado seu orçamento ao comprar ingressos para eventos ao vivo. Essa pressão social para participar de eventos, combinada com a alta demanda por shows após a pandemia, tem tornado os ingressos cada vez menos acessíveis.

Por exemplo, Chricket Cho, de 25 anos, gastou cerca de US$ 8.400 no ano passado para assistir a sete shows, incluindo o de Taylor Swift em Toronto. Para ela, a experiência de viver um show ao vivo é incomparável e vale cada centavo. No entanto, mesmo com um salário de US$ 100 mil por ano, ela encontrou dificuldades em justificar gastos excessivos em ingressos para artistas que não são seus favoritos absolutos.

Os preços exorbitantes têm levado os jovens a repensar suas prioridades. Abbas Tayebali, de 26 anos, relatou que já se endividou em compras de ingressos e agora está focado em eventos mais acessíveis. Yazmin Nevarez, também da Geração Z, decidiu priorizar shows de artistas que realmente ama, como Bad Bunny, e está disposta a viajar para Porto Rico para vê-lo, mesmo que isso implique em um custo considerável.

Em um mercado onde o preço médio dos ingressos aumentou quase 400% de 1981 a 2012, a combinação de alta demanda, assentos limitados e práticas de precificação dinâmica contribui para tornar os shows um luxo cada vez mais distante para muitos jovens. Embora alguns ainda consigam encontrar promoções e preços acessíveis, a maioria se vê forçada a escolher apenas os eventos mais significativos para suas vidas, resultando em um equilíbrio delicado entre paixão por música e saúde financeira.

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