Se os partidos não dão mais conta de controlar os corpos e educá-los, são as igrejas hoje que se pretendem tal missão. Basta analisarmos os discursos e as posturas destes grupos no âmbito da sociedade e no congresso nacional. O objetivo principal destas organizações é controlar o comportamento, as relações sexuais e afetivas, controlar o mercado financeiro.
Não se enganem, trata-se de um projeto de sociedade e de poder que está em jogo e o governo Dilma só tem feito alimentar e fortalecer tais agrupamentos. Se não, voltemos ao começo do ano, quando o governo cedeu aos fundamentalistas e derrubou o kit escola sem homofobia e desde então só tem cedido para estes sujeitos. Agora é a campanha de Aids que terá de passar pelo crivo da bancada familiar/ evangélica.
Também não podemos esquecer do fato que envolveu Teresa Cruvinel , ex-diretora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que foi derrubada ao retirar do ar os programas religiosos. Teve até senador PTista que foi defender a volta dos programas religiosos. Também não se pode esquecer que até o hoje o gabinete presidencial não deu qualquer sinal de apoio à criminalização da homofobia.
Hoje, Garotinho e Crivela negociam a entrada de programa evangélicos na grade do Canal Brasil, pois é…
O próprio governo federal, aos poucos, vai criando a sua cova, não percebe que o seu Real inimigo está em sua base aliada (?), os fundamentalistas que chamaram a presidenta Dilma de terrorista e lésbica, como demérito e não ao contrário.
Hoje quem planta uma futura teocracia no Brasil é o próprio governo federal… Será? Vamos torcer para que não.