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GNTM 2025: Drag Queens desafiam modelos e revelam preconceitos

Na 20ª temporada, a presença de drag queens provoca conflitos e reflexões entre os participantes masculinos de GNTM
GNTM 2025: Drag Queens desafiam modelos e revelam preconceitos

Na 20ª temporada, a presença de drag queens provoca conflitos e reflexões entre os participantes masculinos de GNTM

Na vigésima temporada de “Germany’s Next Topmodel” (GNTM), um grupo de drag queens chegou para abalar as estruturas dos candidatos masculinos, trazendo à tona inseguranças e preconceitos que até então estavam camuflados. Lideradas pela icônica Katy Bähm, conhecida como a RuPaul alemã, as artistas Catherrine Leclery, Bambi Mercury, Yoncé Banks e Candy Crash protagonizaram desafios que testaram a resistência emocional e a abertura dos modelos em relação à diversidade e à expressão de gênero.

O impacto das drag queens no universo masculino do reality

Moritz, um dos participantes mais polêmicos da edição, deixou claro seu desconforto logo na chegada das drag queens, declarando sua falta de afinidade com o universo apresentado. Apesar de ser natural de Berlim, cidade onde o cenário drag é bastante presente, ele demonstrou uma fragilidade surpreendente diante da proposta do programa, que incluía o uso de saltos altos, maquiagem elaborada e performances cheias de atitude.

Kevin, outro modelo, também expôs seus conflitos internos, negando qualquer traço de feminilidade em si mesmo e resistindo às exigências do desafio. A cena reforça o quanto o preconceito e o medo do julgamento ainda permeiam o mundo da moda e da cultura LGBTQIA+, mesmo em espaços que deveriam ser de maior liberdade e expressão.

Desconstruindo estereótipos e celebrando a diversidade

Bambi Mercury, uma das drag queens presentes, destacou a importância de não se colocar em caixas ou rótulos, representando uma postura libertadora e inclusiva. Seu visual extravagante, mesclando referências de alta-costura e elementos irreverentes, simboliza a quebra de padrões e a celebração da individualidade.

O processo de transformação dos modelos incluiu não apenas o uso de roupas e acessórios, mas também o enfrentamento de desafios físicos, como caminhar em saltos altos e incorporar a performance teatral típica do universo drag. Esses momentos foram decisivos para revelar as camadas de resistência e aceitação dentro do grupo, mostrando que o caminho para a inclusão ainda é cheio de obstáculos.

Reflexões para o público LGBTQIA+: resistência, empatia e representatividade

Esse episódio de GNTM traz à tona discussões essenciais para a comunidade LGBTQIA+. A resistência inicial de alguns participantes diante da expressão de gênero fora do binário tradicional evidencia o quanto a sociedade ainda precisa evoluir em termos de empatia e compreensão.

Ao acompanhar as dificuldades e conquistas dos modelos, especialmente dos homens que enfrentam seus próprios preconceitos internos, o público se conecta com uma narrativa de autodescoberta e superação. A presença das drag queens no programa não só amplia a representatividade, mas também convida a todos a questionarem seus próprios conceitos sobre gênero, beleza e autenticidade.

Por fim, a exclusão de participantes que, embora talentosas e com bons trabalhos na moda, não conseguiram se adaptar às exigências da etapa drag, levanta debates sobre os critérios de avaliação em reality shows e a importância de valorizar a diversidade em todas as suas formas.

Em uma época em que a luta por direitos e visibilidade LGBTQIA+ avança, é fundamental que programas de grande alcance como GNTM contribuam para desconstruir preconceitos e promover a inclusão, mostrando que a beleza e o talento não têm gênero, e que a autenticidade deve ser celebrada em todas as suas nuances.

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