No próximo sábado, 3/3, a AGLTA (Associação de Gays, Transgêneros e Lésbicas da cidade de Anapólis, no interior de Goiás) e a Secretaria de Comunicação da ABGLT promovem uma missa de sétimo dia na Igreja Bom Jesus em memória de Mário Alberto Soares Nogueira, homossexual que foi brutalmente assassinado e mutilado no último dia 22/02. Na seqüência da missa, os organizadore agendaram também uma caminhada contra a homofobia em memória do rapaz que tinha apenas 21 anos. Daniel Santos, presidente da AGLTA, pede à Secretaria de Segurança Pública de Goiás maior agilidade na descoberta do assassino e a sua prisão, além de uma articulação da Secretaria Estadual de Justiça para evitar que Anápolis seja aterrorizada com mais crimes contra homossexuais. “Foi uma barbaridade. Os religiosos, o poder público, os políticos, as famílias não podem se calar diante desta crueldade covarde cometida contra um jovem”, afirma Daniel. A Caminhada contra a Homofobia será uma forma de protesto contra a impunidade deste caso. A idéia da ONG é acender 21 velas para lembrar a idade do jovem gay assassinado. Para Léo Mendes, secretário de comunicação da ABGLT, o crime é de homofobia e Anápolis, como a cidade com maior número de religiosos do Brasil, especialmente evangélicos, precisa reagir a morte deste cristão gay. “Afinal quem chama Deus de Pai, precisa aprender a chamar um homossexual de irmão e tratá-lo como filho de Cristo também”, declarou.
