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Governo Bolsonaro quer interferir na Fiocruz porque lá ‘tudo envolve LGBTI’, diz revista

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) continua com seus disparates obscurantistas.

No mais novo episódio dessa novela, segundo reporta a revista Piauí nesta quarta-feira (17), a secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, enviou arquivo de áudio a aliados do Ministério da Saúde sugerindo que o governo pretende interferir na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), uma das maiores instituições do Brasil na área de pesquisa na saúde, e na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, órgão regulatório da mesma.

De acordo com o áudio a qual a Piauí teve acesso, Pinheiro mente ao afirmar que, na Fiocruz, “tudo deles envolve LGBTI. Eles têm um pênis na porta da Fiocruz, todos os tapetes das portas são a figura do Che Guevara, as salas são figurinhas do Lula Livre, Marielle vive”.

A reportagem da revista informa que “não há nenhuma figura de pênis na entrada da fundação, tampouco tapetes com a imagem de Che Guevara, nem envolvimento institucional com campanhas pela libertação de Lula ou com debates sobre a morte da vereadora carioca”.

No entanto, essas são as razões de Pinheiro para o governo interferir nas eleições que decidem quem preside a Fiocruz. Tradicionalmente, a lista com o nome dos postulantes é enviada ao presidente da República, que por sua vez, nomeia o mais votado.

“Ano que vem a Fiocruz vai ter eleição, e o que a gente tem de começar a fazer é acabar com essa influência do Conselho Nacional da Saúde, que vaia o presidente, vaia deputado, vaia todo mundo que é contra as medidas de esquerda, e tirar da Fiocruz o poder de direcionar a Saúde no Brasil”, disse a secretária.

Segundo a Piauí, o áudio é de 2019 e começou a circular entre gestores da área de saúde em maio deste ano.

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Brenno Leone

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