O governo britânico anunciou um pacote de indenizações para antigos combatentes LGBT+ que foram expulsos das Forças Armadas devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero. A medida, que visa “reparar os danos históricos”, permitirá que esses veteranos solicitem uma compensação de 50 mil libras (aproximadamente 60 mil euros) cada, um valor superior ao inicialmente previsto. O ministro da Defesa, John Healey, enfatizou a importância de reconhecer as injustiças sofridas por esses indivíduos, que muitas vezes enfrentaram humilhações e a perda de suas aposentadorias, resultando em dificuldades financeiras significativas.
A decisão é parte de um esforço mais amplo de reparação, que inclui uma segunda indenização que pode variar entre 1 mil e 20 mil libras, dependendo das experiências de sofrimento enfrentadas, como assédio ou prisão. Os veteranos afetados também poderão solicitar a recuperação de seus rangos e medalhas. Um debate sobre essa iniciativa está programado para ocorrer no Parlamento britânico, mas já é possível que os veteranos iniciem suas solicitações de indenização online.
Essa ação do governo britânico segue um relatório de 2023 que expôs o tratamento cruel e injusto que veteranos LGBT+ enfrentaram entre 1967 e 2000, e se alinha com as desculpas públicas dadas pelo primeiro-ministro Rishi Sunak, que prometeu um caminho para a reparação e reabilitação desses ex-militares. Essa medida não apenas busca corrigir erros do passado, mas também reafirma o compromisso do governo em reconhecer e valorizar a contribuição dos veteranos LGBT+ para a segurança nacional.
