Duas semanas. Esse é o prazo que os gays escoceses deverão esperar para saber se o país pretende ou não legalizar o casamento gay.
O gabinete de ministros se reunirá na capital, Edimburgo, e anunciará, no dia 10 de julho, se o governo apresenta ou não uma proposta para alterar a lei e incluir os casais de mesmo sexo.
A reunião é uma resposta à consulta pública sobre o assunto, terminada em dezembro. Foram recolhidas mais de 50 mil manifestações, um recorde em consultas dessa natureza – mas a decisão do gabinete já foi adiada por duas vezes.
Porta-vozes do governo dizem que, nas próximas duas semanas, o Executivo avaliará todas as opiniões que os diferentes coletivos sociais manifestaram durante o período de consulta.
A expectativa – e cobrança – é que se opte pelo "sim", já que pesquisas têm demonstrado que uma forte maioria de escoceses apoia o casamento igualitário.
A mais recente, publicada ainda este mês pelo instituto Ipsos MORI, revelou que 64% da população é a favor do casamento igualitário, contra 26% que se opõe. Outros 68% de escoceses acreditam que organizações religiosas devem ter o direito de celebrar casamentos gays, caso desejem. O apoio é maior entre mulheres e jovens.
Tom French, coordenador político da Equality Network, declarou que aqueles que apoiam a igualdade ficarão desapontados se a decisão do governo for adiada novamente: "Há um nítido apoio ao casamento igualitário no país e no Parlamento escocês", disse o ativista ao Pink News.