Ser gay assumido em um país de maioria muçulmana não é das coisas mais fáceis do mundo – e pode até mesmo representar risco de vida.
A verdade inconveniente foi admitida pelo governo na Holanda quando, no mês passado, o ministro da Imigração, Gerd Leers (foto), suspendeu a deportação de todos os gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais iraquianos do país.
A decisão foi tomada após um alerta do Ministério das Relações Exteriores, que avisou que é impossível ser abertamente gay no Iraque sem correr um grave risco. O informe do ministério foi também decisivo para uma mudança de política: agora, o governo informou que vai garantir asilo para todos os LGBTs iraquianos na Holanda.
Será preciso, no entanto, que o requerente prove ser gay, lésbica, bissexual ou transexual. Para Koen van Dijk, da organização de direitos gays COC, não está claro como isso será feito, o que pode gerar dificuldades. "Pessoas terão de provar algo que se condicionaram a disfarçar a vida inteira por medo", disse à rádio Netherlands Worldwide.