Entidades ligadas aos Direitos Humanos na Turquia acusam o governo da Turquia de querer fechar o grupo gay Lambda Istambul por conta de acusações esdrúxulas tal qual a violação dos bons costumes e da moralidade.
O sexo gay é liberado no país para homens acima dos 18 anos, no entanto, não é raro o governo violar esse direito e outros direitos humanos dos homossexuais turcos. Em julho, um promotor público já havia rejeitado pedido do Gabinete do Governador de Istambul pedindo o fechamento da mesma Ong.
O maior problema para o governo turco, entretanto, está no fato de as negociações para o país tornar-se membro da União Européia estão emperradas justamente por causa desse tipo de violação de direitos.
Para Frank Van Dalen, líder holandês pelos direitos homossexuais na Europa, o fechamento de organizações pró-gays vai contra as diretrizes antidiscriminação do bloco econômico europeu.
O Observatório dos Direitos Humanos em Nova York afirmou que as liberdades básicas de associações, grupos e ONGs estão ameaçadas na Turquia pela crescente intolerância.
“Fechar grupos porque não se gosta das pessoas que eles representam é um ataque frontal à democracia”, disse Juliana Cano Neto, pesquisadora do programa para Gays, Lésbicas e Transgêneros dos Direitos Humanos.
A partir de novembro, o grupo pró-gay holandês começa a trabalhar com o Lambda Istambul em um projeto de três anos, com suporte do Ministério de Assuntos Exteriores da Holanda.
O governo de Istambul tentou fechar outros grupos pró-gays na Turquia, como o grupo Kaos GL, da cidade de Ancara.
