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Governo Federal adia Plano de Combate à Homofobia para não afugentar eleitores evangélicos

Como o A Capa tinha contado, o governo federal tinha a intenção de adiantar para o mês de agosto o lançamento do 2º Plano Nacional  de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

O pedido teria sido feito pela própria presidente Dilma Roussef a Secretária dos Direitos Humanos.  Mas, por conta das eleições municipais de outubro, o lançamento poderá ser adiado.

De acordo com o colunista Roldão Arruda, do jornal Estado de S.Paulo, a tirada do foco em torno do plano e da questão LGBT seria para não perder votos dos eleitores evangélicos e católicos.

"Em maio, assessores envolvidos na elaboração da proposta haviam revelado que o Palácio do Planalto estava disposto a acelerar o processo e que o prazo de lançamento, previsto para dezembro, poderia ser adiantado para agosto ou setembro. Agora, porém, não se fala mais em prazos", diz o colunista.

Segundo Roldão, a proposta do Plano foi discutida e aprovada por um conselho da Secretaria de Direitos Humanos no último mês. O Plano seguiu para a Casa Civil da Presidência da República e depois para os 18 ministérios que estão envolvidos no projeto. Eles têm até setembro para apresentar o orçamento para a pauta. O colunista acredita que o Plano só vai sair em dezembro.

"O que preocupa o governo agora são as eleições municipais e suas articulações políticas. Elas envolvem, é claro, grupos ligados a igrejas evangélicas, cada vez mais presentes na cena eleitoral e, na maioria das vezes, contrários às reivindicações dos gays. Só em São Paulo, 15 pastores vão concorrer a cadeiras na Câmara dos Vereadores", informa Roldão.

Plano
O 1.º Plano LGBT foi lançado em 2009, no governo do presidente Lula, quando a Secretaria de Direitos Humanas era comandada por Paulo Vannuchi. O projeto era uma continuidade do Programa Brasil Sem Homofobia, implantado em 2004.

O Plano na época dizia ter o objetivo de implementar políticas públicas "com maior equidade e mais condizentes com o imperativo de eliminar discriminações, combater preconceitos e edificar uma consistente cultura de paz, buscando erradicar todos os tipos de violência".

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